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27 Fevereiro de 2021 | 10h52

Vice-PGR apela a jornalistas para obedecerem limites da Constituição

O vice-procurador-geral da República (PGR), Mota Liz, apelou, esta sexta-feira, em Luanda, aos jornalistas para obedecerem aos limites estabelecidos na Constituição e na lei, no tratamento de matérias ligadas à luta contra a corrupção.

De acordo com o magistrado, que falava no "Workshop: o combate a corrupção e o papel do jornalista", há necessidade de os profissionais terem em conta a honra, o bom nome, o segredo de justiça, entre outras garantias previstas na Constituição da República de Angola.

Afirmou que os jornalistas estão na linha da frente na denúncia desse tipo de crime por serem profissionais com incumbência de apurar, investigar e apresentar notícias em diferentes veículos de comunicação social, quer públicos como privados.

Mota Liz referiu que cabe também aos jornalistas ajudar as autoridades na prevenção, alertando as pessoas dos possíveis males, e na repressão, ou seja, denunciando com factos concretos actos e pessoas corruptas.

Na sua dissertação sobre a corrupção sistémica (ligada a pessoas com fraco carácter), endémica (doentia) e sindrómica (burocrática e promíscua), alertou que a actuação dos jornalistas deve obedecer à objectividade dos factos, ao rigor e à isenção da informação.

Já o secretário de Estado da Comunicação Social, Nuno Caldas Albino,  sublinhou que os jornalistas devem assumir o seu papel imprescindível na informação necessária ao bom comportamento dos cidadãos.

"Cabe aos jornalistas informar com verdade e sem subterfúgios próprios de um ambiente corrompido, explicar incansável e determinantemente o que está a ocorrer na nova Angola", afirmou.

Enalteceu a acção da "midia" angolana por estar a enveredar pela prática da investigação jornalística na recolha da informação real que impeça o boato e o ruído, num momento em que as "fake news" estão a ganhar terreno.

Para si, o "workshop", promovido pelo Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor), representa um acto de pedagogia social sobre a correcta interpretação das leis e da sua boa aplicação nos actos e processos de combate à corrupção.

Fonte: Angop