Sociedade
22 Janeiro de 2021 | 19h08

Transbordo dos rios Kuanza e Luando criam transtornos á população

O transbordo dos rios Kwanza e Luando, no município do Luquembo, a mais de 300 quilómetros da cidade de Malanje, está a criar enormes transtornos aos moradores das 20 aldeias daquela região.

A situação junta-se a um antigo problema relacionado com a falta de vias de acesso, o que acentua ainda mais as  dificuldades da população.Os moradores da aldeia de Caíssa aproveitaram a presença de uma equipa de trabalho do Fundo de Apoio Social (FAS), para expor as de dificuldades que vivem.

A moradora Lucrécia Sanganika caracterizou crítica a situação devido à falta de  serviços sociais na localidade. "Nós aqui, falta-nos tudo. Temos carência dos principais produtos, como óleo alimentar, sabão, assistência médica e água com qualidade”.Elisa Camuege lamentou a falta de transporte para escoar a produção local. O pior ainda é que alguém quando fica doente, o recurso tem sido as motorizadas devido a degradação das vias."Comemos kizaca sem óleo. Aqui não há nada. Falta quase tudo, desde água com qualidade e muito mais”, disse a interlocutora.

Doroteia Miguel pediu a quem de direito para velar pela sorte daquela população. "Queremos mesmo apoio do Governo para melhorar a nossa situação”, suplicou.Entretanto, na segunda-feira, 18, o FAS deu início ao cadastramento de famílias vulneráveis de 20 aldeias, na comuna de Kimbango, município do Luquembo, no âmbito das transferências sociais monetárias.

O director do FAS, Gomes Golombole, assegurou que o processo de cadastramento termina hoje e o dinheiro, para o efeito, está garantido."Estamos a prever terminar o cadastramento hoje, dia 22, ao que se seguirá a fase de preparação das condições logísticas para se proceder ao pagamento dessas mesmas famílias aqui no município do Luquembo”.

Considerou ser um processo muito complicado devido às actuais condições dos rios Luando e Kwanza que transbordaram, o que eleva ainda mais as  dificuldades da região. O helicóptero é o único meio disponível para se atingir tais localidades, disse Gomes Golombole, para quem o programa prevê cadastrar mais de 14 mil famílias no município de Luquembo.