Economia
25 Julho de 2024 | 11h27

Portugal promete ajudar a alavancar o sector primário da economia angolana

O Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro, afirmou, quarta-feira, em Luanda, que o seu país está com Angola para tornar as duas economias fortes e com maior capacidade produtiva no sector primário, quer na Agricultura e Pescas, quer no Comércio e Indústria.

Luís Montenegro discursou no Fórum Económico Angola - Portugal, à margem da Feira Internacional de Luanda (FILDA), tendo sinalizado que o mercado angolano "é muito importante para as empresas portuguesas”.

De acordo com o governante português, o seu país tem a intenção de ter um regime fiscal mais amigo do investimento para atrair o investimento em Portugal.

"Estamos interessados em captar e atrair investimentos angolanos”, referiu.

Luís Montenegro fez saber que Portugal dispõe de recursos humanos de primeira qualidade, estabelecimentos de ensino superior onde a capacidade de inovação e ciência são de excelência e potencial adquirido em muitas áreas da Economia.

São mais de 1.250 as empresas portuguesas a actuar em Angola nos sectores da Metalomecânica, Agro-alimentar, Turismo, Energia, Inovação, Formação e Formação Profissional.

Internacionalização

O Governo de Portugal conta com uma linha de financiamento de mais de 3,6 mil milhões de euros (3,3 biliões de kwanzas) para apoiar a internacionalização das empresas portuguesas, para o reforço do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português e dos países que operam em vários segmentos da actividade económica, anunciou, ontem, em Luanda, o Primeiro-Ministro.

Luís Montenegro referiu que deste valor, 2,5 mil milhões de euros estão destinados para as pequenas e médias empresas portuguesas, incluindo as que operam em Angola.

Para o Primeiro-Ministro português, esta linha de financiamento faz parte de um compromisso do Banco de Fomento de Portugal, através de fundo europeu denominado "InvestYou”, da European Union. Sublinhou que o Governo português, no quadro deste processo, está também a ajudar as pequenas e médias empresas portuguesas a ascenderam à categoria de grandes organizações.

Acrescentou que as empresas portuguesas que se tornaram grandes deixaram de ter o apoio directo do Governo, favorecendo as pequenas e médias firmas. "Neste volume de financiamento, o Governo português inclui as pequenas, médias empresas e as que ascenderam à categoria de grandes empresas”, disse, referindo que dentro deste programa o seu Executivo conta também com uma linha de financiamento de 711 milhões de euros para o investimento directo das empresas, para que possam contar com um investimento próprio, apostarem no conhecimento e inovação, com o objectivo de internacionalizarem-se em vários segmentos da actividade que operam.

Disse que este programa visa dar oportunidades às empresas portuguesas que operam no território nacional (Portugal) e no exterior, para que tenham maior visibilidade nos negócios.

Reconheceu que Angola e Portugal possuem uma ligação que não pode ser perdida, devido aos laços históricos que unem os dois países, e que os dois Estados confiem um no outro.

O Primeiro-Ministro português convidou as empresas e os empresários angolanos a investirem os seus capitais em Portugal, para que possam contribuir para o crescimento da economia portuguesa e de Angola.

"Quero dizer aqui às empresas e aos empresários angolanos, sobretudo aquelas que têm a sua influência ou intervenção, que o Governo de Portugal está interessado em captar e atrair os vossos investimentos. Temos em Portugal recursos humanos de qualidade; temos universidades em Portugal com conhecimento inovador para alavancar os investimentos e temos experiências em muitas áreas para ajudar no crescimento da economia nacional”, disse.

Fonte: JA