Educação
22 Janeiro de 2024 | 15h18

PCA da Ulwazi defende alocação de mais verbas para educação

A presidente do Conselho de Administração da Fundação Angolana (Ulwazi), Márcia Nigiolela, defendeu, esta segunda-feira, no Huambo, a necessidade do Estado alocar mais verbas para o sector da educação, para melhorar a qualidade de ensino/aprendizagem.

Márcia Nigiolela falava durante o segundo colóquio sobre "O futuro da Educação em Angola”, numa iniciativa conjunta, entre a Ulwazi e o Centro de Estudos para a Boa Governação (UFOLO), em parceria com o Ministério da Educação, no quadro do projecto " Unidos pela Educação”.

Na ocasião, disse que os 6,64 por cento disponibilizado pelo Orçamento Geral do Estado (OGE) está muito abaixo, dos 20 por cento da meta apontada no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018/2022, um problema quantitativo que Angola precisa reverter, tendo em atenção a importância da educação no processo de desenvolvimento social e económico.

Referiu que a insuficiência orçamental no sector da educação é muito diminuta para responder às necessidades do ensino primário, que vão desde carência de escolas, má qualidade das infra-estruturas, insuficiência de professores e fraca abrangência da merenda escolar, entre outros problemas há muito conhecidos.

A gestora disse que o sistema educativo angolano, para além de mais dinheiro, carece, também, de uma estratégia incisiva e consequente, voltada, fundamentalmente, à reorganização, com foco nas capacidades adequadas aos desafios actuais.

Informou ter sido a base desses pressupostos que a fundação se juntou na organização do colóquio, que permitiu debater temáticas sobre a reforma da gestão escolar, para torná-la mais flexível e capaz de responder às exigências actuais da sociedade angolana.

Por seu turno, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, lembrou que o futuro da humanidade passa, necessariamente, pela educação das novas gerações, daí a necessidade de se reflectir, em conjunto, os destinos deste sector em Angola.

O responsável disse constar das prioridades do governo, a formação permanente dos gestores escolares e professores, construção de mais salas de aula, sobretudo, para o ensino primário, residências para docentes que leccionam em zonas rurais, admissão de mais quadros, revisão do orçamento e aquisição de meios informáticos.

Disse que o problema da educação é transversal ou extensivo a todas as sensibilidades, por isso, é importante a participação de todos para o alcance da base que se pretende, sobretudo, para o sector do ensino primário.

Angelino Elavoco valorizou a realização do evento a ser preenchido com uma acção de 140 professores do ensino primário das províncias de Bié e Huambo, a decorrer de 23 de Janeiro a 1 de Fevereiro

Até ao momento, foram capacitados 500 professores, das províncias do Cuanza-Norte, Lunda-Norte, Lunda-Sul e Malange. MLV/JSV/ALH

Presidente do Conselho de Administração da Fundação (Ulwazi), Márcia Nigiolela © Fotografia por: Divulgação (Edições Novembro)

Fonte: Angop