A informação foi prestada esta segunda-feira, à Angop, pelo coordenador dos Serviços Jesuíta aos Refugiados (JRS) na Lunda Norte, Humberto Costa, realçando que os refugiados estão inseridos em projectos de agricultura familiar, comércio, entre outros.
O responsável disse que a inclusão destes refugiados em projectos agrícolas e de comércio rural, enquadra-se no programa de geração de renda das famílias albergadas no assentamento, desenvolvido pela instituição em colaboração com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, (ACNUR).
Fez saber que a instituição apoia com sementes agrícolas e assistência técnica e quando possível, no escoamento dos produtos.
Por outro lado, fez saber que o JRS está a desenvolver um projecto de ensino da língua Portuguesa, para facilitar a comunicação com as autoridades angolanas.
Em Junho de 2017 entraram no território angolano, propriamente na província da Lunda Norte, 31 mil e 241 cidadãos da RDC devido aos conflitos políticos e étnicos naquele país. Desse número, registou-se a saída voluntária, em 2018, para o país de origem, de 11 mil e 758 cidadãos.
Em Agosto de 2019, registou-se o repatriamento espontâneo de 14 mil e 724 refugiados, que decidiram abandonar o campo do Lóvua e regressar para a RDC.
Essa atitude motivou um encontro tripartido entre o Governo angolano, RDC e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), cujo acordo permitiu um novo processo de repatriamento, mediante o qual dois mil e 912 refugiados regressaram ao país de origem.
Actualmente encontram-se no assentamento sete mil e 12 refugiados, que corresponde a mil e 677 famílias.
Fonte: ANGOP