Cultura
18 Maio de 2023 | 15h07

Grupos étnicos exibem diversidade cultural no Chitado

A promoção e divulgação do património da diversidade étnico-cultural dos grupos étno-linguísticos dos povos do município do Curoca, província do Cunene, foram demonstradas, esta quinta-feira, durante a segunda edição da festa cultural da comuna do Chitado.

O evento, enquadrado nas jornadas comemorativas dos 56 anos da Cultura no Chitado, assinalado no passado dia 13 de Maio, teve por objectivo estimular, divulgar, promover e preservar a identidade cultural dos povos desta região.

A festa de dois dias, foi marcada com danças, música e gastronomia dos grupos étno-linguísticos, Muchimba, Mundimba, Mutchavikwa, Mungambwe e Muhumbi.

Danças do muhelo, o ndjando, o cancula e endjongo e mutwupa e eyango entre outras danças tradicionais cativaram  os visitantes,  da vizinha República da Namíbia e de outros pontos das província do Cunene, Huila e Namibe.

O soba grande do Chitado, João Mateus Cambuta, disse que a festa cultural do Chitado tem grande simbolismo tradicional, porque nelas são representadas as principais tradições de cada tribo.

Para além da demonstração, disse que a festa é um elo de união onde os mais variados povos comem e bebem, passam informação aos mais jovens para continuidade e  preservação dos hábitos e costumes.

Já o administrador do Chitado, Fiel Tomé Hilapo,   explicou  que o evento serviu  como ponto de promoção da coesão, unidade e da diversidade cultural, assim como  da preservação e divulgação da identidade local.

Nesta festa, acrescentou, as comunidades demonstram as expressões culturais através das suas origens e modo de vida respeitando as diferenças culturais, regionais locais e individuais.

Esclareceu que a data foi instituída em 1967, por um grupo de fazendeiros residentes, na sua maioria católicos, e outros provenientes de Ombadja, Yayá, Chivemba e da província do Bié, que uniram-se para formar a Junta de povoamento agro-pecuário para festejos e exposições.

Por seu turno, o administrador municipal do Curoca, Manuel Domingos Taby, enalteceu o evento que serviu para reviver o passado, afirmando porque há muito que as autoridades tradicionais reclamavam deste ambiente que no passado uniu os povos desta região.

Disse não obstante as reformas do país, as comunidades do Chitado deram sequência deste festival, que serve para demonstrar as suas expressões culturais, através da origem e o seu modo de vida, respeitando as diferenças culturais.

Domingos Taby realçou a necessidade dos agentes culturais locais trabalharem no resgate destes e de outros valores culturais da província, para o bem da preservação dos hábitos e costumes e passar o testemunho às novas gerações.

O município do Curoca dista a 333 quilómetro de Ondjiva, capital da província do Cunene, está dividido administrativamente por duas comunas Oncocua e Chitado.FI/LHE/VIC

III Edição de Festival de dança no Chitado © Fotografia por: Cedida

Fonte: Angop