Numa ronda feita pela ANGOP em algumas instituições do ensino superior afectas à Universidade Agostinho Neto, constatou-se a presença de 80 por cento de professores e estudantes, dando seguimento ao segundo semestre, de acordo com o calendário académico.
Na Faculdade de Economia e na de Ciências os estudantes estão em provas de recurso e a efectuar as reconfirmações para o segundo semestre, já que nem todos os professores tinham aderido a greve.
Já na Faculdade de Humanidades, os docentes e estudantes voltaram, igualmente, em massa à actividade de ensino, segundo o vice-decano para a Área Científica, Petelo Nginamau Ne-Tava.
Para o estudante da Faculdade de Economia, Alberto Lucas, a suspensão da greve era necessária, pois os alunos estavam a ser prejudicados no processo académico.
O SINPES anunciou na terça-feira a suspensão da greve por um período de 30 dias para que possam ser resolvidas as divergências ainda patentes entre o sindicato e o Executivo.
De acordo com o secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio da Silva, esta decisão visa assegurar a retoma das aulas no ensino público e o consequente cumprimento do calendário académico.
O SINPES decretou a suspensão das aulas em Janeiro último, para reivindicar, essencialmente, a realização de eleições nas instituições do ensino superior e a revisão da massa salarial.
Reclama a reposição de subsídios, seguro de saúde, melhoria das infra-estruturas e do Fundo de Investimentos Científicos para unidades orgânicas e universidades públicas e privadas, além da regularização da dívida pública, do processo de provimento administrativo excepcional e da formação contínua dos professores.
O SINPES entregou ao Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, em 2018, um caderno reivindicativo com oito pontos, que deu lugar a três rondas negociais e à assinatura de um memorando, a 17 de Novembro de 2021.
Fonte: ANGOP