O país foi palco de várias manifestações multitudinárias, fustigadas por opressão violenta das autoridades. Daí resultou a morte de pelo menos 11 pessoas e a detenção de cerca de 750 pessoas, até ao momento.
Entre as detenções estão, aliás, três figuras importantes da oposição política. São eles o líder do partido Vontade Popular e coordenador do movimento opositor Com a Venezuela, Freddy Superlano, e o coordenador juvenil do partido Causa R, Rafael Sivira - que foram detidos em Caracas -, e o ex-presidente da Câmara Municipal de Marcano, José Ramón Díaz, que foi detido na ilha de Margarita.
Os tumultos causaram preocupação na comunidade portuguesa residente na Venezuela. À agência Lusa, uma mulher portuguesa, de 62 anos, mostrou-se principalmente preocupada com a possibilidade de perder acesso a medicamentos de que precisa regularmente.
"Se pudesse comprava medicamentos para três ou quatro meses, mas não tenho dinheiro para isso, às vezes até tenho que ver o que é prioritário e ir duas vezes ao mês à farmácia", disse Ermelinda Olim.
A preocupação estende-se ao Executivo português, que, pela voz do secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que "até este momento" não há "notícia de qualquer português alvo de qualquer situação que pudesse pôr em causa a sua própria segurança".
Fonte: NM