Na capital francesa, grupos encapuzados tentaram provocar as autoridades na Praça da República, que responderam com gás lacrimogéneo, segundo o Le Figaro.
Os manifestantes não só incendiaram bicicletas e caixotes do lixo, como lançaram fogo de artifício e projéteis contra a polícia, o que levou à detenção de pelo menos uma pessoa. Tentaram, além disso, invadir estabelecimentos comerciais.
As autoridades estimam que estiveram oito mil pessoas reunidas no local.
Já em Marselha, cerca de cinco mil pessoas saíram à rua, tendo lançado fogo de artifício e bombas de fumo na Praça Jean-Jaures.
Por seu turno, em Lyon, ativistas de extrema-direita encapuzados foram vistos a circular pela cidade, sendo seguidos pelas autoridades. Apoiantes da extrema-esquerda também estão na rua, o que levou a confrontos com a polícia, noticiou o mesmo meio.
Em Nantes, pelo menos um polícia sofreu queimaduras de segundo grau nos antebraços, depois de ter sido atingido por um coquetel molotov. Houve, além disso, três detenções.
Recorde-se que as estimativas divulgadas após o fecho das urnas da segunda volta das legislativas apontam para uma vitória da Nova Frente Popular, com 172 e 215 deputados, enquanto o bloco de Emmanuel Macron poderá contar com 150 a 180 lugares, à frente do partido de extrema-direita, com 115 a 155 deputados eleitos.
Na primeira volta, em 30 de junho, o partido de extrema-direita conseguiu vencer pela primeira vez as eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.
Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI), partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%. O Ensemble (Juntos) obteve 20%.
As legislativas francesas foram convocadas por Macron, após a derrota do seu partido e a acentuada subida da União Nacional nas eleições para o Parlamento Europeu de 9 de junho. A escolha de um novo executivo deveria ocorrer apenas em 2027.
