Economia
19 Junho de 2024 | 09h51

Angola procura melhor posição no GAFI

Angola continua a trabalhar para melhorar e mitigar as deficiências identificadas pela Avaliação Mútua do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), entidade que estabelece medidas eficazes para combater a lavagem de dinheiro, o financiamento do terrorismo e outras práticas ilícitas.

A garantia foi dada, esta terça-feira, em Luanda, pelo diretor-geral da Unidade de Informação Financeira, Gilberto Capeça, durante o primeiro diálogo entre o sector público e privado sobre "A abordagem baseada no risco, desafios e oportunidades".

Na ocasião, sublinhou que os diversos sectores tém trabalhado para aplicação das recomendações do GAFI.

Considerou que a  abordagem baseada no risco é crucial para uma efectiva prevenção da instrumentalização das estruturas e mecanismos económicos, sendo o ponto de partida para cada vez  mais  combater com eficácia os mais variados crimes económicos e financeiros.

Gilberto Capeça destacou algumas acções realizadas por Angola no âmbito  das recomendações do GAFI, como a sensibilização dessas matérias e a reavaliação do sector da banca para o branqueamento de capitais.

Por sua vez,  a colaboradora da UIF, Jacira Van-Dunem fez saber que, no quadro das recomendações do GAFI,  o sector de mercado de capitais aumentou as inspecções com base na abordagem do risco, bem como o seguro compreendeu criar um departamento para o tratamento de matérias de branqueamento de capitais.

Lembrou igualmente que, em Janeiro de 2023, o sector da banca emitiu uma guia de orientação para aplicação de multas em processos sancionatórios.

Essa guia, disse, permite o supervisor avaliar a natureza e a gravidade das violações do banqueamento de capitais e financiamento bancário. 

A colaboradora, que apresentou o tema "O impacto da abordagem baseada no risco, resultados da Avaliação Mútua de Angola”, acrescentou que se tem feito as avaliações temáticas de ativos virtuais, corrupção e transporte transfronteiriço, dentr outros.

Já o representante da Associação Angolana de Bancos (ABANC), 
José Cerqueira, defendeu que os bancos devem ter capacidade de se autocontrolar para não ficarem dependentes do supervisor.

Conforme a fonte, as instituições  bancárias devem desenvolver políticas e procedimentos detalhados para mitigar riscos, bem como elaborar normas internas alinhadas com o regulamento nacional e internacional para servir de guia orientador à gestão de processos internos.

O primeiro diálogo entre o sector público e privado, promovido pela UIF, contou com a participação de representantes de empresas públicas e privadas e estudantes universitários.