Internacional
11 Abril de 2024 | 09h36

Líder norte-coreano promete "golpe fatal" aos inimigos se for provocado

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, prometeu desferir um "golpe mortal" aos inimigos do país em caso de provocação, noticiou hoje a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.

A Coreia do Norte "sem hesitação desferirá um golpe fatal no inimigo, mobilizando todos os meios ao seu alcance" em caso de provocação, disse Kim Jong-un, segundo a KCNA.

O líder norte-coreano fez essas declarações durante a sua visita à Universidade Militar e Política Kim Jong-il, na quarta-feira, enquanto estavam a decorrer as eleições parlamentares na Coreia do Sul, indicou a mesma fonte.

"Chegou a hora de preparar-se, mais do que nunca, para uma guerra", disse Kim, acrescentando que o seu país deve "estar mais firme e melhor preparado para uma guerra, que deve ser vencida categoricamente, e não apenas para uma possível guerra".

Desde o início de 2024, a Coreia do Norte designou Seul como o seu "principal inimigo", encerrando o diálogo entre os dois países e ameaçando entrar em guerra por qualquer violação do seu território, "mesmo que por 0,001 milímetro".

Imagens parcialmente desfocadas divulgadas pela KCNA mostram Kim Jong-un, rodeado por oficiais do exército, a inspecionar o que parece ser uma representação em miniatura da capital sul-coreana, Seul, bem como vários mapas de diferentes regiões da península.

O resultado das eleições legislativas na Coreia do Sul foi desastroso para o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que adotou uma linha dura em relação à Coreia do Norte - país que possui armas nucleares -, ao mesmo tempo que melhorou as suas relações com os Estados Unidos.

Esse revés coloca Yoon numa posição bastante difícil durante os três anos restantes do seu mandato.

O Partido Democrata (PD, centro-esquerda), principal partido da oposição, que obteve uma grande vitória, é a favor de uma abordagem menos agressiva em relação a Pyongyang.

Este resultado é uma boa notícia para Kim Jong-un, especialmente tendo em vista o possível regresso ao poder do ex-presidente dos Estados, Donald Trump, nas eleições de novembro, segundo analistas.

Especialistas dizem que Trump, que realizou cimeiras históricas, mas sem sucesso, com Kim durante a sua Presidência, poderá promover uma reaproximação com Pyongyang se regressar à Casa Branca.