Sociedade
11 Janeiro de 2024 | 16h11

Recolhidas mais de cem mil armas de fogo no país

Cento e doze mil e 76 armas de fogo diversas foram recolhidas no país, desde o início do programa de desarmamento da população civil, em 2008, anunciou esta quinta-feira, em Luanda, o comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos.

Deste número, 96 mil e sete armas foram destruídas por estarem obsoletas e inadequadas para o uso das forças armadas.

O comandante falou numa cerimónia que visou receber as armas de guerra em posse das empresas de segurança privadas e entrega, pela Polícia Nacional, de outras de menor calibre, realizada na Unidade Operativa de Luanda.

Segundo o comandante, a substituição tem como finalidade entregar, nas empresas de segurança privadas, armas de defesa compatível com a natureza das suas missões ou tarefas.

"Pretendemos iniciar o ano focado na solução de uma das principais condicionantes da segurança pública, que incide no controlo da posse e uso das armas de guerra, visando reduzir o impacto na prática de crimes violentos que, geralmente, influenciam negativamente no sentimento de segurança das populações”, argumentou.

Na sua intervenção, Arnaldo Carlos disse que o conflito armado que assolou o país até Abril de 2002, favoreceu a proliferação de armas de fogo de diversos calibres, incluindo a sua posse por cidadãos civis.

O comandante informou que estas armas de guerra serão encaminhadas ao depósito da Comissão Nacional para o Desarmamento da População Civil, para armazenamento e marcação.

Na sua óptica, todas as armas de guerra em posse das empresas de segurança privadas pertencem às Forças Armadas Angolanas (FAA) ou a Polícia Nacional.

Durante a cerimónia, foram substituídas 90 armas de fogo do tipo AKM47, sendo 50 da empresa Privada de Segurança Plantão e 40 da Protector.

Na ocasião, o chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas (FAA), Altino Carlos Santos, enfatizou que a posse ilegal de armas de guerra constitui um crime passível de responsabilização civil e criminal, uma vez que o Estado angolano adquire as mesmas para a segurança do país.

O comandante lembrou que as armas são propriedades do Estado angolano e, na sequência, agradeceu o Comando-Geral da Polícia Nacional e as empresas privadas e públicas, pela colaboração neste processo de troca de material bélico.

Para si, este acto concorre para a consolidação da paz social, harmonia e concórdia.

Pediu o engajamento de todos os cidadãos angolanos, na busca permanente da estabilidade necessária ao desenvolvimento sustentável e harmonioso do país.

O processo de substituição já envolveu mil e 298 armas de guerra, sendo mil e 281 espingardas e 17 pistolas.

Para o desempenho das suas funções, 142 empresas privadas receberam três mil 488 armas de defesa, com as respectivas documentações, sendo três mil e 426 espingardas e 62 pistolas. O processo de substituição vai abranger essas empresas.

O certame contou com a presença de membros do Conselho Superior de Polícia Nacional, directores de empresas privadas, entre outras. JAM/OHA

Comissário Geral Arnaldo Carlos, Comandante Geral da PNA © Fotografia por: Arsénio Bravo (Angop)

Fonte: Angop