A declaração foi proferida ontem, em Luanda,pelo director do Centro Cultural Casa de Angola no Brasil, Isidro Sanene, à margem do Fórum Internacional Económico, Jurídico e Cultural realizado por essa organização, considerando que a reunião deve ser encarada como um momento que poderá oferecer oportunidades para os dois países.
Isidoro Sanene, que é coordenador do fórum, notou que Angola possui uma comunidade muito forte e dedicada a nível do empreendedorismo, mas que prevalece, ainda, uma assinalável falta de conhecimentos sobre as leis vigentes em ambos os Estados.
Neste sentido, a Associação de Advogadas Negras Black Sisters, em parceria com uma equipa de advogadas angolanas, propõem-se prestar serviços ao sector empresarial, nos dois países, a fim de impulsionar a inserção de companhias nos dois mercados.
Por outro lado, reforçou, o encontro, que visou a troca de experiências, esteve voltado também para a promoção e fortalecimento da economia local, tendo como base os instrumentos jurídicos.
A advogada brasileira July Araújo disse que as perspectivas são positivas e coincidem com a ideia de contribuir para a estruturação do mercado de capitais do país. Segundo a jurista, o Brasil passou por um processo longo de estruturação e nota-se que Angola tem passado pelo mesmo sistema no que refere à captação de recursos, principalmente no sentido de entender como compensar a taxa de juro e inflação.
July Araújo considerou ainda que deve existir um trabalho conjunto para contornar as situações que desestabilizam economicamente os dois países.
O presidente da Associação de Jovens Empreendedores de Angola (AJEA), Alfredo Nguli, considerou o evento como uma mais-valia para a classe empresarial. "Estamos aqui neste intercâmbio para tentar galvanizar essa partilha de conhecimento”, disse.
Fonte: JA
