Economia
04 Janeiro de 2024 | 09h32

Primeira fase do Terminal Oceânico do Dande será concluída este ano

A primeira fase da construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande (TOBD), com capacidade para armazenar 582 mil metros cúbicos de combustíveis líquidos e gasosos, será concluída este ano, anunciou esta quarta-feira, em Luanda, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo.

O governante, que falava na cerimónia de cumprimentos de ano novo, sublinhou que o objectivo do sector é o aumento da capacidade de armazenagem e a melhoria de todo o sistema de abastecimento de combustíveis.

Na ocasião, o ministro reconheceu a falta de postos de abastecimento de combustíveis em muitos municípios, a nível nacional, facto que abre uma janela de oportunidades para que pequenos, médios e grandes empreendedores participem nessa actividade.

Reiterou o compromisso do sector continuar a desenvolver acções que visam melhorar a distribuição de combustíveis e lubrificantes, em todo o território nacional, através da construção e reabilitação de postos de abastecimento de combustível.

Para isso, apelou à direcção do Instituto Regulador dos Derivados de Petróleos (IRDP) e da Sonangol que continuem os seus esforços de sensibilização e busca de soluções para que essa situação seja melhorada ou revertida nos próximos tempos.

Segundo Diamantino Azevedo, o sector vai continuar a promover os investimentos em exploração e produção petrolífera, para manter os níveis de produção acima de um milhão de barris por dia.

Apontou ainda a  continuidade da implementação da Estratégia de Exploração 2020-2025 e da Estratégia de Atribuição de Concessões 2019-2025 como principais acções previstas para 2024.

Contam também da agenda do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET) a elaboração da Estratégia de Licitação para as Bacias Interiores de Kassanje e Etosha Okavango, bem como a avaliação do potencial petrolífero das áreas de desenvolvimento.

No domínio do gás, o ministro disse que o sector vai continuar a desenvolver projectos deste produto natural não associado e, em particular, trabalhar para assegurar a operacionalização do Novo Consórcio de Gás, que terá como objectivo reduzir o défice de fornecimento à Angola LNG e possibilitar a implementação de outros projectos.

Recordou também que a continuação da Estratégia de Refinação, com a conclusão da construção da Refinaria de Cabinda e prosseguir as acções inerentes à construção das refinarias do Soyo e do Lobito, para assegurar as necessidades do país em produtos refinados, entre outros projectos ligados à descarbonização.

Acções desenvolvidas em 2023

Ao longo o exercício económico de 2023, o sector desenvolveu acções que visaram a implementação da Estratégia de Exploração de Hidrocarbonetos 2020-2025 e da Estratégia de Atribuição de Concessões Petrolíferas 2019- 2025.

De acordo com o ministro Diamantino Azevedo, no ano passado foram licitados 12 blocos onshore das bacias do Baixo Congo e Kwanza, bem como adjudicada a Área de Concessão do Novo Consórcio de Gás, bem como se deu início ao estudo da Bacia do Etosha-Okavango, como parte do processo de avaliação do potencial de hidrocarbonetos das Bacias Sedimentares do Interior de Angola.

Em relação à produção de gás, destacou a inauguração da fase 2 da Unidade de Recepção e Distribuição de Gás ‘Falcão’, localizada no município do Soyo, província do Zaire.

Segundo o ministro, o Projecto Falcão é muito importante para o objectivo do país criar uma indústria de gás e deverá, entre outros projectos, fornecer gás à futura fábrica de Amónia e Ureia, que está a ser construída também no Soyo.

Destacou ainda a finalização da construção da fase 1 da Refinaria de Cabinda no final deste ano e a assinatura do Contrato de ‘EPC’ e a reunião de formalização do início da construção da Refinaria do Lobito, entre a Sonangol e a empresa chinesa China National Chemical Engineering.

Recordou também a saída de Angola da OPEP e a submissão do primeiro relatório para o secretariado da Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva.

"A decisão do Governo de Angola sair da OPEP não foi uma reflexão de última hora, mas foi uma questão já prevista, tendo em conta que esta Organização já não atendia aos valores e interesses do país, nomeadamente a tomada de decisões por unanimidade e o estabelecimento de quotas de produção que põem em questão as nossas reais capacidades e necessidades de produção”, reiterou.

Conforme o ministro, o sector terminou o ano com uma taxa média de produção de cerca de um milhão e 90 mil barris de petróleo por dia.

Fonte: Angop