A intenção foi manifestada pelo ministro da Informação e Tecnologias de Comunicação daquele país da África Austral, Peya Mushelenga, durante um encontro, ontem, com o homólogo angolano, Mário Oliveira, à margem da Conferência Mundial de Radiocomunicações (WRC) no Dubai, promovida pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada das Nações Unidas para Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).

Aquando da inauguração a 27 de Janeiro último, pelo Presidente João Lourenço, do Centro de Controlo e Missão de Satélites, uma infra-estrutura inteligente com múltiplas vantagens de engenharia, o ministro Mário Oliveira referiu que alguns países tinham já manifestado a intenção de comprar os serviços do Angosat-2.

O encontro de ontem foi solicitado pela parte namibiana. Os dois homólogos abordaram os actuais níveis de cooperação entre os sectores que cada um dirige, sendo o Angosat-2 um assunto enfatizado em virtude de estar em fase de negociações.

Além da Namíbia, os operadores de comunicações da Zâmbia estão em fase mais avançada nas negociações com Angola para beneficiarem dos serviços do Angosat-2, já a partir de 2024, informou, à imprensa, o ministro Mário Oliveira, durante a COP-28.

O governante angolano disse que, neste momento, há negociações em curso com operadores estrangeiros, acrescentando que o satélite, como tal, está em condições de prover qualquer tipo de serviços de comunicações.

Com vida útil de 15 anos, o Angosat-2, lançado em órbita a 12 de Outubro de 2022, é um dos projectos do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), órgão afecto ao MINTTICS.

Participaram na reunião altos funcionários do MINTTICS, do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM) e do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).

A WRC-23 termina sexta-feira e reúne entidades governamentais nacionais e as reguladoras das telecomunicações, os principais utilizadores e fornecedores de radiocomunicações a nível mundial.