Os autores reconhecem que, num estudo publicado anteriormente na revista Nature Medicine, a metodologia utilizada, baseada em médias semanais de temperatura, subestimava a mortalidade atribuída ao calor, uma vez que são necessários dados diários para estimar com precisão o impacto dos picos de temperaturas extremas.
Publicada em julho, essa primeira investigação estimava a morte de 62.800 pessoas no ano passado.
Os investigadores aplicaram agora uma análise exaustiva dos dados, recolhendo séries diárias de temperatura e mortalidade em 147 regiões de 16 países europeus entre 1998 e 2004, e compararam depois as estimativas de mortalidade relacionadas com o calor e o frio a diferentes níveis de classificação: semanas, quinzenas e meses.
Os dados revelaram diferenças nas estimativas epidemiológicas consoante a escala temporal de classificação e confirmaram que o resumo dos dados diários em períodos de tempo superiores a um dia subestima o impacto das temperaturas na mortalidade.
Concretamente para o período entre 1998 e 2004, o modelo de dados diários estimou a mortalidade relacionada com o frio e o calor em 290.104 e 39.434 mortes prematuras, respetivamente, enquanto o modelo semanal apresentou valores 8,56% e 21,56% inferiores para estas duas estimativas.
Fonte: JA