Tecnologia
18 Outubro de 2023 | 11h32

Vencedores do Campeonato de Robótica beneficiam de bolsas de estudo

O ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social informou terça-feira, em Luanda, que os vencedores do Campeonato Mundial de Robótica vão beneficiar de bolsas de estudo, no Centro de Formação Tecnológica do Instituto de Telecomunicações (CFITEL).

Mário Oliveira elogiou os participantes por terem conseguido obter o segundo lugar do Campeonato Mundial de Robótica, pela medalha de Prata, conquistada em Singapura, de 6 a 11 deste mês.

Os estudantes, destacou, foram formados pela Angola Robótica e Tecnologia (Arotec), uma startup angolana do sector de Robótica e Tecnologia. "Eles competiram com grandes potências mundiais e prova disso é o resultado, numa competição com 191 países”, referiu.

A Arotec, acrescentou o ministro, é um parceiro do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social em feiras e na realização de algumas actividades. "É uma das startups que tem apoiado a juventude na área da ciência robótica”.

Os cinco representantes angolanos ao concurso, realçou, são, igualmente, doravante, os "embaixadores” do Programa Espacial Nacional  vão trabalhar em conjunto com o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), para contribuírem mais no programa do satélite e na ciência espacial.

"Estou confiante que os cinco jovens, com certeza, vão dar um grande contributo no Programa Espacial Nacional, ao lado de outros quadros nacionais”, avançou. Mário Oliveira reconheceu que a juventude angolana tem mostrado um imenso potencial, em especial na área das novas tecnologias. "Os vencedores representam um exemplo do que esperamos e que seja uma lanterna para todos os interessados em abraçar o ramo da programação e da ciência robótica”.

Homenagem

Na ocasião, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, homenageou os cinco vencedores com entrega de brindes a cada membro da equipa. O director da empresa Angola Robótica e Tecnologia (Arotec), Jonilson Correia, disse que, muitas vezes, têm organizado, a nível nacional, campeonatos de robótica. No ano passado, adiantou, foram seleccionados os cinco estudantes que participaram, em Singapura, no Campeonato Mundial.

"No Campeonato Mundial deste ano conquistámos o segundo lugar. A competição, a quinta em que participámos, foi direccionado, exclusivamente, para o público estudantil, de 14 a 18 anos”, explicou.

Jonilson Correia esclareceu que a competição tem um carácter semelhante aos torneios olímpicos e acontece, em países diferentes, a cada ano, tendo adiantado que a "First Global Challenge” tem convidado os países a enviarem equipas, para apresentarem programas ligados à robótica.

Nesta edição, informou o director da Arotec, Angola obteve o segundo lugar do Campeonato Mundial de Robótica, tendo sido o segundo classificado em África e o primeiro na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).

 
O percurso

Na eliminatória dos "play-off”, Angola obteve, entre  os 191 países participantes, a 34ª posição, com 60.22 pontos. A maior pontuação conquistada pelo país foi de 105. O total de pontos do país foi 250, obtidos em dez jogos.

Os representantes de Angola este ano foram  Luís da Silva, Clevánio Loa e Edmilson Marques, todos estudantes da 13ª classe, do curso de Máquinas e Motores, do Instituto Politécnico Dom Damião Franklin, assim como Joaquim Júnior, da 13ª classe do curso de Electrónica e Telecomunicações, do Instituto de Telecomunicações (ITEL), Marcos Manual, também da 13ª classe, do curso de Electrónica Industrial e Automação Mentores, do Instituto Médio Industrial de Luanda (IPIL).

A coordenação dos estudantes angolanos esteve a cargo de Marco Zeca, enquanto o treinador foi Cristóvão Cacombe, ambos da Arotec.

 
O concurso

De recordar que a competição internacional, denominada "First Global Challenge”, teve a participação de 191 países e competiram mais de mil estudantes de vários países. Este ano, o concurso teve como foco a inovação e soluções no domínio das energias limpas e renováveis.

O "First Global Challenge” é um desafio em estilo de competição olímpica. Nela, os candidatos devem construir e programar um robot, que realiza diferentes tarefas de acordo com o tema proposto nos desafios de engenharia.


Fonte: JA