Mário Oliveira elogiou os participantes por terem conseguido obter o segundo lugar do Campeonato Mundial de Robótica, pela medalha de Prata, conquistada em Singapura, de 6 a 11 deste mês.
Os estudantes, destacou, foram formados pela Angola Robótica e Tecnologia (Arotec), uma startup angolana do sector de Robótica e Tecnologia. "Eles competiram com grandes potências mundiais e prova disso é o resultado, numa competição com 191 países”, referiu.
A Arotec, acrescentou o ministro, é um parceiro do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social em feiras e na realização de algumas actividades. "É uma das startups que tem apoiado a juventude na área da ciência robótica”.
Os cinco representantes angolanos ao concurso, realçou, são, igualmente, doravante, os "embaixadores” do Programa Espacial Nacional vão trabalhar em conjunto com o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), para contribuírem mais no programa do satélite e na ciência espacial.
"Estou confiante que os cinco jovens, com certeza, vão dar um grande contributo no Programa Espacial Nacional, ao lado de outros quadros nacionais”, avançou. Mário Oliveira reconheceu que a juventude angolana tem mostrado um imenso potencial, em especial na área das novas tecnologias. "Os vencedores representam um exemplo do que esperamos e que seja uma lanterna para todos os interessados em abraçar o ramo da programação e da ciência robótica”.
Homenagem
Na ocasião, o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, homenageou os cinco vencedores com entrega de brindes a cada membro da equipa. O director da empresa Angola Robótica e Tecnologia (Arotec), Jonilson Correia, disse que, muitas vezes, têm organizado, a nível nacional, campeonatos de robótica. No ano passado, adiantou, foram seleccionados os cinco estudantes que participaram, em Singapura, no Campeonato Mundial.
"No Campeonato Mundial deste ano conquistámos o segundo lugar. A competição, a quinta em que participámos, foi direccionado, exclusivamente, para o público estudantil, de 14 a 18 anos”, explicou.
Jonilson Correia esclareceu que a competição tem um carácter semelhante aos torneios olímpicos e acontece, em países diferentes, a cada ano, tendo adiantado que a "First Global Challenge” tem convidado os países a enviarem equipas, para apresentarem programas ligados à robótica.
Nesta edição, informou o director da Arotec, Angola obteve o segundo lugar do Campeonato Mundial de Robótica, tendo sido o segundo classificado em África e o primeiro na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
O
percurso
Na eliminatória dos "play-off”, Angola obteve, entre os 191 países participantes, a 34ª posição, com 60.22 pontos. A maior pontuação conquistada pelo país foi de 105. O total de pontos do país foi 250, obtidos em dez jogos.
Os representantes de Angola este ano foram Luís da Silva, Clevánio Loa e Edmilson Marques, todos estudantes da 13ª classe, do curso de Máquinas e Motores, do Instituto Politécnico Dom Damião Franklin, assim como Joaquim Júnior, da 13ª classe do curso de Electrónica e Telecomunicações, do Instituto de Telecomunicações (ITEL), Marcos Manual, também da 13ª classe, do curso de Electrónica Industrial e Automação Mentores, do Instituto Médio Industrial de Luanda (IPIL).
A coordenação dos estudantes angolanos esteve a cargo de Marco Zeca, enquanto o treinador foi Cristóvão Cacombe, ambos da Arotec.
O
concurso
De recordar que a competição internacional, denominada "First Global Challenge”, teve a participação de 191 países e competiram mais de mil estudantes de vários países. Este ano, o concurso teve como foco a inovação e soluções no domínio das energias limpas e renováveis.
O "First Global Challenge” é um desafio em estilo de competição olímpica. Nela, os candidatos devem construir e programar um robot, que realiza diferentes tarefas de acordo com o tema proposto nos desafios de engenharia.
Fonte: JA