Vários hospitais do enclave declararam-se incapazes de deslocar os doentes, uma vez que não têm capacidade para transferi-los.
Até agora, o Exército israelita, que acusou hoje o grupo islamita Hamas de bloquear a retirada de civis do norte do enclave, não avançou com a incursão terrestre em grande escala que a população de Gaza teme há dias, mas alertou hoje que, em breve, haverá "atividades militares significativas" na área.
"As FDI [Forças de Defesa de Israel] continuam a operar sobre a Faixa de Gaza e a atacar vários alvos militares do Hamas. Apelamos à população civil no norte da Faixa de Gaza para se retirar para sul do Rio Gaza. Isto não é notícia. O que sim é notícia é que o Hamas emitiu avisos aos seus civis para não evacuarem", disse o porta-voz militar, tenente-coronel Jonathan Conricus, no relatório diário publicado na rede social X.
"Escutem os nossos avisos. Estamos a dizer que haverá atividades militares significativas aqui e instamos os civis a retirarem-se para a sua própria segurança", disse Conricus.
O grupo islamita Hamas, considerado terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, lançou no dia 07 deste mês um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas desde 2007, e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
Fonte: NM