"Acreditamos agora que as taxas de juro directoras do BCE atingiram níveis que, se forem mantidos durante um período suficientemente longo, contribuirão de forma substancial para que a inflação se aproxime atempadamente do nosso objectivo de médio prazo”, afirmou.
Desde
Julho do ano passado, o BCE aumentou as suas taxas de juro em 450 pontos base para
4,50 por cento e a facilidade de depósito a 4 por cento.
BOLETIM
ECONÓMICO DE OUTUBRO
PIB
de Portugal cresce 2,1% este ano e 1,5% em 2024
O Banco de Portugal está mais pessimista sobre o crescimento da economia portuguesa, conquanto se note agora uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,1 por cento, este ano, e 1,5 por cento, em 2024.
No ‘Boletim Económico’ de Outubro, apresentado ontem, em Lisboa, a instituição cortou as previsões de crescimento económico face a Junho em 0,6 pontos percentuais (pp.) para 2023 e 0,9 pp. para 2024.
A previsão do Banco de Portugal (BdP), que torna a instituição mais pessimista, continua a fixar-se acima da previsão oficial do Ministério das Finanças de 1,8 por cento para este ano, mas que o Governo já sinalizou que poderá ser revista em alta no Orçamento do Estado para 2024 (OE2024).
A poucos dias da entrega, no Parlamento, pelo Executivo, do próximo Orçamento, o regulador bancário avança, contudo, uma previsão mais pessimista para 2024 do que a inscrita pela tutela (2%) no Programa de Estabilidade.
Segundo o regulador, o abrandamento económico reflecte um menor dinamismo nos principais parceiros comerciais, os efeitos cumulativos da inflação e a maior resistividade da política monetária, o que levou a um agravamento das condições financeiras na zona euro e em Portugal.
Face a Junho, a evolução mais desfavorável é explicada pelo "comportamento das exportações e, em menor grau, do consumo privado e da formação bruta de capital fixo (FBCF), em especial pública”.
Já a revisão do crescimento em 2024 resulta, sobretudo, de um desempenho menos favorável da actividade ao longo deste ano e, "em menor grau”, da revisão das hipóteses de enquadramento e de um desempenho mais fraco das exportações no início do ano.
O regulador alerta que a transmissão das subidas de taxas de juro de política às condições financeiras enfrentadas pelas famílias e empresas continuará a limitar a actividade em 2024 e 2025.
Fonte: JA