O responsável, que se recusou, "por agora”, responder sobre o preço do bilhete de passagem, número de ligações entre as duas cidades, além do investimento a ser aplicado por considerar "não estar totalmente terminado o estudo de viabilidade”, admitiu que o sucesso do plano de expansão "vai depender para já do estado das estradas, que ainda deixam muito a desejar”,
A Macon quer garantir serviços de qualidade, com cinco novos autocarros, que "permitem que as pessoas viajem desfrutando de conforto e segurança”, acrescentou.
Mesmo ainda em fase de conclusão de alguns estudos, a transportadora está "confiante, com base na experiência de outras rotas que começaram com um número reduzido de passageiros e hoje viajam com mais 50 ”, explica o responsável da Macon. Armando Macedo acredita que "a melhor garantia de sucesso está na opinião dos utentes que, depois de conhecerem a qualidade do serviço, transmitirão a outros o seu testemunho, que conta para aumentar o fluxo de passageiros”.
Outra prioridade para a empresa é, segundo Armando Macedo, a segurança dos passageiros. Neste sentido, a Macon considera importante a formação dos motoristas para uma condução responsável e profissional.
Transfronteiriço
Recorde-se que a República do Congo possui grande parte de seu território coberto por florestas tropicais, por isso a maioria da população vive na costa, sobrevivendo da agricultura e pecuária. Além disso, a economia do país baseia-se na extracção de minério e produção petrolífera no offshore, responsável por grande parte das receitas nacionais.
O mercado transfronteiriço parece estar a representar para a transportadora angolana um crescimento sustentado ao longo dos últimos anos. Não obstante ter visto baixar a taxa de ocupação em 2021 na rota terrestre Luanda/Windhoek – na qual é pioneira desde 18 de Dezembro de 2013 - para 65%, uma queda de 20 pontos percentuais em relação a igual período de 2019, a Macon apostou actualmente num plano onde sobressaiu um investimento no reforço da frota, duplicando as ligações terrestres entre Luanda e Santa Clara.
Segundo detalhou Armando Macedo, a empresa de transporte público de passageiros interprovincial passou a ter uma ligação diária em cada sentido e reduziu o valor do bilhete de passagem de 30 para 25 mil kwanzas, esperando "recuperar o número de passageiros que tinha antes da pandemia” da Covid-19.
A Macon está ainda a estudar rumar para a Lubumbashi, a maior cidade da província do Alto Catanga, na República Democrática do Congo. Com cerca de 1,13 milhões de habitantes, Lubumbashi é uma grande produtora de cobre e exportadora de zinco, estanho, cobalto e carvão mineral. Possui um parque industrial têxtil e de alimentação, além de olarias. Também é um grande centro comercial e considerada a capital financeira do Congo Democrático.
Fonte: JA