No mês passado, declara o documento, as vendas representaram uma queda de 32 por cento face a Junho, quando o volume transaccionado foi de 390.806,52 quilates, ao mesmo tempo que o valor das transacções caiu para 115.943.271 dólares, nesse último mês.
A receita fiscal diamantífera foi de 4.549 milhões de kwanzas em Julho, uma diminuição de 33 por cento em relação a Junho, elevando o acumulado durante o ano para 35.609 milhões de kwanzas, revelam os dados da AGT.
O volume de diamantes vendido em Julho foi o terceiro menor do ano, apenas acima do transaccionado em Fevereiro e em Maio, de 101.617,81 e de 370.013,39 quilates.
Queda dos preços
No início de Agosto, o presidente do Conselho de Gerência da Sociedade Mineira de Catoca, que opera o quarto maior kimberlito do mundo a céu aberto e representa algo como dois terços da produção diamantífera angolana, afirmou que só nessa altura a companhia estava a retomar as vendas interrompidas devido à queda dos preços no mercado internacional.
Segundo Benedito Manuel, as gemas da companhia tinham perdido 22 por cento do preço por quilate, levando à decisão de suspender as vendas, que ocorriam, apenas, sobre a produção em "stock”.
Em Março, a Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), uma estatal com participações na imensa maioria das concessões diamantíferas do país, anunciou uma produção de 12 milhões de quilates, este ano.
A informação fornecida pelo presidente do Conselho de Administração da companhia, Ganga Júnior, durante um encontro com o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE), dava conta que, em 2022, a Endiama teve uma produção de cerca de nove milhões de quilates, razão pela qual, em 2023, foi projectado um objectivo de produzir cerca de 12 milhões de quilates.
Fonte: JA