"Nós não conseguimos resolver essa situação sem o suporte das instituições públicas e outras vocacionadas”, sublinhou Francisco Paciente, em declarações à ANGOP, salientando ser necessário um esforço conjunto.
O líder associativo lamentou, igualmente, a falta de um trabalho mais consistente no combate à especulação e defendeu um trabalho conjunto para a consciencialização dos cidadãos, particularmente dos operadores de táxis colectivos "azul e branco”
Na óptica de Francisco Paciente, os órgãos de comunicação social deveriam contribuir na sensibilização e consciencialização dos taxistas para evitarem a prática do aumento do preço do táxi, encurtamento das rotas, e em relação os passageiros, a evitarem pagar mais do que o preço oficial.
"Temos aí as televisões que não passam isso, temos os jornais que não falam disso, não tomam iniciativas, portanto, todo esse conjunto de organizações quer pública, quer privada, deveriam se engajar em falar e consciencializar as pessoas”, apontou o presidente da ANATA.
Referiu que têm estado a realizar campanhas de sensibilização dos taxistas e dos cidadãos para evitarem tais práticas de especulação."Também temos usado dísticos com dizeres "não às linhas curtas e à especulação de preços nos táxis.”
Por outro lado, o líder associativo considera ainda a falta de um mapeamento, que defina, devidamente, as rotas de Luanda, tem estado a influenciar nas práticas de aumento da corrida de táxi e no encurtar das rotas.
Segundo o interlocutor, a ANATA propôs um mapeamento de rota ao Governo, em 2020, e até agora não foi homologado.
Afirmou que tal proposta encontra-se "desactualizada” e a rota mais curta apresentada, com cerca de 2,5 quilómetros, é a ligação Banco Nacional de Angola/Ilha de Luanda, com valor igual a outras linhas de maior distância.
A especulação de preço de táxi, conforme Francisco Paciente, é um problema de consciência humana, cuja alteração deve partir do taxista com a mudança de comportamento e dos passageiros que ao se deparar com dificuldades de encontrar os táxis, consente sem qualquer oposição.
"Na gritante falta de transporte, sobretudo, em Luanda, os passageiros entendem pagar mais, aliciar o taxista, muitas vezes por 200 kwanzas ou mais para que o carro fique ocupado só para determinado número de passageiro”, referiu
A ANATA foi fundada em 2015 por Rodrigo Catimba, actual vice-presidente da organização, e seu estatuto publicado em Diário da República em 2016, e certificada, definitivamente, em 2019.
Actualmente, conta com mais de 30 mil associados em 11 das 18 províncias do país, nomeadamente Luanda, Bengo, Cabinda, Huíla, Huambo, Cuanza Sul, Benguela, Uige, Zaire, Namibe e Cunene. PPA
Fonte: Angop
