Economia
13 Julho de 2023 | 10h18

Sonangol financia mais de 14 milhões de dólares para Escola 42

Mais de 14 milhões de dólares são os valores financiados pela Sonangol na primeira Escola da Rede 42 "Escola 42" no país, uma das melhores em programação do mundo, assegurou hoje, quarta-feira, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Sonangol, Sebastião Martins.

Ao falar à imprensa, depois da inauguração da escola pelo Presidente da República, João Lourenço, o PCA da Sonangol sublinhou que na primeira fase foram disponibilizados dois mil milhões de kwanzas, na segunda sete milhões de dólares e outros sete que serão disponibilizados para operações e manutenção em fase de funcionamento.

Sebastião Martins explicou que o processo de formação acontecerá sem custos e exigência de nível académico para os jovens, sendo necessário ter o compromisso de cumprir com todas as regras para frequentar a escola.

"Neste momento estamos mais preocupados em garantir a formação destes jovens, com qualidade. A parte que vai conduzir a absorção vai depender também o grau de aproveitamento que ele tiver, mas tenho a certeza que um jovem que termina a formação é procurado não só pela Sonangol, mas por grande parte das empresas do mundo inteiro”, disse.  

Não estamos, prosseguiu o responsável, a falar de empresas angolanas apenas. Estamos a falar de empresas como a Google, Amazona e Microsoft. São empresas de alta tecnologia que dão esta possibilidade aos nossos jovens de também participarem no mercado do mundo digital que hoje é muito concorrido.  

Já o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que o programa prevê que durante a formação haja interacção com as empresas. Haverá momento de estágios que irão determinar a apetência das empresas pelos formandos.

De acordo com o ministro, a formação não é direccionada essencialmente à indústria de petróleo, "é direccionada a todo mundo que usa tecnologia, programadores, que tem necessidade de intervenção técnica na área digital. O leque de oportunidades, empregabilidade para os que tiveram a oportunidade de entrar para a escola é muito vasto”.

Diamantino Azevedo destacou que quase tudo gira em torno da Tecnologia e o sector de Recursos Minerais, Petróleo e Gás, acredita que tem uma responsabilidade acrescida em ajudar as gerações mais novas, tornando-as mais capacitadas para o mundo Digital.

Por este motivo, continuou o ministro, a Sonangol-EP, ao abraçar este projecto, financiando toda sua implementação até ao presente momento e disponibilizando estas instalações aqui no ISPETC, quer dar oportunidade aos jovens, independentemente da sua educação, enquadramento social ou capacidade económica, de maximizarem o seu potencial.

Por seu turno, o director do Gabinete de Quadros da Presidência da República, Edson Barreto, considerou ser uma oportunidade para todos os jovens angolanos com idade superior a 17 anos, para formarem-se em codificação e programação, numa das melhores instituições de ensino.

Realçou que a Escola 42 está classificada no mundo como uma das escolas mais inovadoras e inclusivas do mundo e hoje têm a oportunidade de aceder ao centro de formação no território nacional.

"Tem o propósito de apoiar todos aqueles que têm formações em áreas que hoje são de fraca empregabilidade elas podem vir para a Escola 42 e fazerem a reconversão das suas carreiras para áreas de fortíssima e elevada empregabilidade que são as áreas de codificação e programação”, sublinhou.  

Informou que a escola é completamente financiada, na primeira fase, pela Sonangol que suporta todos os custos financeiros.

Referiu que a Escola 42 prevê formar, até 2027, cerca de 562 programadores de elite, tendo como meta anual 150 alunos.

Na Escola 42 aprende-se, de forma prática, desenvolvendo projectos, entre pares, num modelo que parece um jogo.

Assim, para além das competências técnicas, cada um desenvolve a capacidade de trabalho em equipa, de resolução de problemas, de adaptação, determinação, autonomia e resiliência.  

Sem professores, nem livros, a aprendizagem é feita pelo desenvolvimento de projectos que permitem ganhar pontos e passar de nível, como se de um jogo se tratasse.  

Uma vez apreendidas as bases, cada aluno é livre de desenhar o seu próprio percurso, escolhendo os projectos que lhe permitem ganhar conhecimento nas áreas que mais lhe interessam.

Na 42 não existem aulas, nem horários pré-definidos. O campus está aberto 24 horas, 7 dias por semana, 365 dias por ano, onde cada aluno tem a liberdade e responsabilidade para construir o seu próprio plano de aprendizagem e trabalhar, quando for mais produtivo, ao seu ritmo.