Economia
27 Junho de 2023 | 11h23

Corredor do Lobito será a fronteira financeira de Angola – diz MEP

O ministro da Economia e Planeamento, Mário Caetano João, considerou, esta segunda-feira, em Luanda, o Corredor do Lobito como a próxima fronteira da economia de Angola, pela nova dinâmica a ser implementada.

Falando após a assinatura do acordo de financiamento entre Angola e o Banco Mundial (BM), o responsável realçou o apoio desta instituição financeira mundial para o desenvolvimento no sector privado e nas infra-estruturas para dar outra dimensão ao ramal do Lobito.  

Neste particular, Mário Caetano realçou, igualmente, a visita, na semana passada, do Banco Africano de Investimento, com foco no desenvolvimento rural e o aumento da produção, ao longo do referido corredor.

Por outro lado, o responsável avançou estar a incentivar a Corporação Financeira Internacional (IFC - sigla em inglês) para trazer o financiamento para o sector privado. 

Em seu entender, o incentivo do IFC é no sentido de "se juntar ao movimento de desenvolvimento do país”.  

"Temos estado a ver uma dinâmica interessante do lado do sector dos transportes, que conseguiu, de facto, concessionar a linha férrea do corredor do Lobito, por um consórcio”, concluiu.

O Corredor do Lobito estende-se desde o Porto do Lobito, banhado pelo Oceano Atlântico, e atravessa Angola de Oeste a Este, passando pelas províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico. 

Conta com uma extensão ferroviária de 1.866 quilómetros, sendo que 1.344 quilómetros, somente em Angola, dando acesso à República Democrática do Congo (RDC).

O Corredor do Lobito tem como principais infra-estruturas o Caminho de Ferro de Benguela e o Porto do Lobito.

Dados disponíveis apontam que o Porto do Lobito, instalado numa área total de 200 mil metros quadrados, tem uma capacidade de manipulação de 3,6 milhões toneladas por ano.

Além de ter um porto seco, o Porto do Lobito tem mais seis terminais especializados e está num processo de concessão.

Fonte: Angop