Segundo o responsável, que falava à imprensa durante a realização de um seminário dirigido aos técnicos do INE, a recolha efectiva do censo 2024 ocorrerá num período de 15 dias.
Antes que este processo efectivo ocorra, de acordo com José Calengi, é necessário que se desenvolvam determinadas actividades que estão no âmbito da preparação do mesmo.
Como exemplo, o director-geral do INE falou da actualização cartográfica no país e o Censo Piloto marcado para 19 de Julho do corrente.
O Censo Piloto vai decorrer nas províncias de Luanda, Bengo, Lunda Norte, Cuando Cubango, Bié e Cunene.
Segundo José Calengi, será uma forma de testar os questionários, a questão operativa da logística e todas as outras questões técnicas que vão permitir uma melhor avaliação de tudo o que se vai precisar no momento efectivo.
"Nesta altura estamos a actualizar a cartografia destas províncias, com sete agentes de campo para cada uma e, provavelmente, poderemos precisar de mais quatro em função da evolução do processo de preparação”, disse.
Quanto a logística para a realização do censo, informou que existe uma estrutura de funcionamento deste processo em Luanda, que passa pela coordenação geral e pelas comissões técnicas, bem como assistentes técnicos provinciais, municipais, comunais e locais.
Para o efeito, segundo o responsável, serão necessários 90 mil agentes para esta operação efectiva.
Em termos de inovação, ao contrário do censo de 2014 onde foi utilizado o papel, José Calengi deu a conhecer que em 2024 o censo será digital, com recurso a tablet, e uma gestão à distância de tudo o que estará a acontecer ao longo do campo.
Segundo ele, a facilidade de se ter a informação já no servidor será grande com o censo digital, permitindo, em função deste processo, obter resultados muito mais cedo do que o previsto.
De acordo com os dados do Censo Geral da População e Habitação realizado em 2014, Angola contava nesta altura com uma população de 28.4 milhões de habitantes e a taxa de fecundidade de 6,2 filhos por mulher. A taxa é mais alta nas zonas rurais, chegando a atingir 8,2 filhos.
O segundo censo geral da população e habitação vai permitir saber com precisão o número de habitantes no país, quantos homens, mulheres, crianças e idosos, onde vivem e como vivem.
Com esta informação, o país poderá planificar melhor a distribuição de serviços essenciais para todos os angolanos.