A última visita oficial do chefe do Governo português a Angola realizou-se em Setembro de 2018.
Após
a visita a Angola, António Costa parte para a África do Sul, onde participa, no
dia 7 de Junho, no programa das comemorações do Dia de Portugal junto da
comunidade portuguesa ali residente, juntamente com o Presidente da República,
Marcelo Rebelo de Sousa.
Iniciativa "tripartida” busca aproximação dos empresários
A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o Banco Caixa Geral Angola e a Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações de Angola (AIPEX) realizaram, ontem, no Hotel Sheraton Porto, em Portugal, o Fórum Económico Portugal - Angola 2023 sob o tema "Construímos relações sólidas”.
Esta iniciativa conjunta representou uma excelente oportunidade para os participantes estabelecerem contactos com representantes institucionais e empresariais de ambos os países e ficar a conhecer, em primeira mão, os planos de privatização angolanos e as oportunidades sectoriais que o mercado tem para oferecer.
Angola é, actualmente, o 9º principal cliente de Portugal, lugar que mantém desde 2019. Constitui-se como o 3º mercado de exportações extracomunitário mais importante, apenas atrás dos EUA e do Reino Unido, e é, igualmente, o parceiro comercial mais relevante nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).
Ao longo dos últimos anos, têm-se verificado uma tendência de crescimento significativa, com os valores dos fluxos de comércio bilateral a ultrapassarem os níveis pré-pandemia.
Existem mais de 4.000 operadores económicos portugueses a exportar para Angola e a presença empresarial nacional neste país faz-se notar em quase todos os quadrantes da economia angolana.
"Estima-se que mais de 1.200 empresas de capital português ou misto possuam actividade em Angola, em domínios tão diversos e importantes como a construção civil e infra-estruturas, o agro-alimentar e agro-industrial, a banca, os seguros, a metalomecânica, as tecnologias de informação e comunicação, a energia, a saúde, e o transporte e logística”, avançam.
A economia angolana, a sair de uma recessão de quase cinco anos e de uma crise pandémica que teve, igualmente, consequências muito negativas, está em fase de recuperação, impulsionada pelo aumento do preço dos hidrocarbonetos e pela implementação das medidas acordadas com o Fundo Monetário Internacional, que estima, para 2023, um crescimento do PIB do país na ordem dos 2,6 por cento. Igualmente, as autoridades angolanas iniciaram uma política de diversificação económica, com o intuito de tornar a economia mais resiliente e menos dependente do sector petrolífero, fomentando assim a produção local que permita suprir as necessidades do país e desenvolver as exportações angolanas.
Para o efeito, têm sido implementados programas governamentais e regulamentos que visam facilitar a angariação de investimento estrangeiro, podendo aqui existir oportunidades de negócio para as empresas portuguesas.
Fonte: JA