Economia
15 Maio de 2023 | 16h58

ZEE e empresa espanhola rubricam memorando de Entendimento

Um Memorando de Entendimento entre a Zona Económica Especial Luanda -Bengo (ZEE) e a CIMALSA, empresa detida pelo Governo Autónomo da Catalunha, Espanha, vai ser rubricado esta terça-feira, em Barcelona, para ajudar na transição da ZEE para Zona Franca, soube hoje a ANGOP.

O acordo, com duração de quatro anos, visa a passagem da experiência da CIMALSA no desenvolvimento e implementação de projectos logísticos, industriais e de serviços, bem como a adopção de fórmulas de gestão e exploração já testadas em projectos geridos por esta empresa.  A CIMALSA, nos últimos 30 anos, especializou-se em promover, desenvolver e gerir infra-estruturas e centros de transporte de mercadorias, logística e mobilidade, sendo essa a entidade que vai colaborar no processo de transição da ZEE Luanda-Bengo para Zona Franca.

O conhecimento e a experiência desta empresa catalã poderão ser de crucial importância no estabelecimento dos procedimentos técnicos, administrativos e legais, na transformação da ZEE em Zona Franca.

O presidente do Conselho de Administração da Zona Económica Especial Luanda-Bengo, Manuel Francisco Pedro, vai rubricar, no âmbito da visita que efectua a Espanha de 15 a 17 de Maio de 2023.

Dados disponíveis apontam que a Zona Económica Especial (ZEE) arrecadou quatro milhões de dólares norte-americanos no primeiro trimestre deste ano, o que representa um aumento de 116%, comparativamente ao período homólogo, cuja receita cifrou-se à volta dos dois milhões de dólares.  

O referido indicador demonstra o interesse ou apetência que os empresários têm em investir naquela zona industrial, tendo em conta as vantagens competitivas geográficas e de infra-estruturas instaladas no respectivo parque.  

Na ZEE, a indústria ligeira ocupa uma cifra de 62% da produção global, seguindo-se o sector do comércio, com 28%, enquanto o sector de serviços representa 10%.

A instalação de empresas na zona industrial permitiu a criação de sete mil e 500 postos de trabalho, com destaque para a existência de 81 empresas operacionais, das 157 instaladas inicialmente.

A carteira de negócios da ZEE regista um volume confirmado de 60 milhões de euros para o próximo trimestre, facto que permitirá a criação de aproximadamente dez mil postos de trabalho até ao final deste ano.

A ZEE tem um crescimento de 3% por ano, em média, bem como as taxas de juro atractivas do ponto de vista da remuneração do capital de risco/especulativo e as receitas do petróleo como as principais oportunidades que podem ser aproveitadas para relançar a produção interna e a economia nacional.    

HEM/PPA

Zona Económica Especial Luanda-Bengo- ZEE (Ilustração) © Fotografia por: Divulgação

Fonte: Angop