Ciência
27 Abril de 2023 | 16h25

ChatGPT não faz contas matemáticas tão bem quanto um humano, diz estudo

De acordo com uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade Brigham Young (BYU), nos Estados Unidos, a inteligência artificial do ChatGPT não é tão eficiente quando o assunto é contabilidade.

Em testes de matemática realizados com centenas de participantes, o ChatGPT ficou com uma média geral de apenas 47,4%, em comparação com a média de 76,7% das pessoas.

Publicado na revista científica Issues in Accounting Education, o estudo recrutou 327 participantes de 186 instituições educacionais em 14 países — além de alunos de graduação da própria BYU. Ao todo, foram respondidas mais de 27 mil questões sobre contabilidade, abrangendo temas como informação contábil, auditoria, contabilidade financeira, entre outras áreas.

Além de ter registado uma média geral menor que dos participantes do estudo, o ChatGPT só teve uma pontuação mais alta em 11,3% das perguntas. Em geral, a inteligência artificial teve mais dificuldades em questões sobre avaliações fiscais, financeiras e gerenciais.

O ChatGPT também teve dificuldades para responder questões de resposta curta, mas acertou 68,7% das perguntas de verdadeiro/falso e 59,5% de múltipla escolha. Segundo a equipe da pesquisa, a inteligência artificial nem sempre percebe que está fazendo contas matemáticas e começa a apresentar erros e/ou respostas sem sentido.

ChatGPT não faz contas matemáticas tão bem quanto um humano, diz estudo -  TecMundo

A inteligência artificial do ChatGPT ainda precisa evoluir bastante para competir com os conhecimentos contábeis da humanidade.

ChatGPT e contas matemáticas

De qualquer forma, os pesquisadores acreditam que o chatbot de inteligência artificial pode ser uma ótima opção para melhorar a maneira como pessoas e instituições ensinam e aprendem. Contudo, ainda é necessário estudar mais sobre o assunto e esperar pelo avanço das inteligências artificiais.

"Quando essa tecnologia surgiu, todos estavam preocupados de que os alunos pudessem usá-la para trapacear. Mas oportunidades para trapacear sempre existiram. Então, para nós, estamos tentando focar no que podemos fazer com essa tecnologia agora que não podíamos fazer antes para melhorar o processo de ensino para o corpo docente e o processo de aprendizagem para os alunos. Testá-lo foi revelador”, disse o principal autor do estudo e professor de contabilidade da BYU, David Wood.

Fonte: TecMundo