Sociedade
16 Abril de 2023 | 09h59

Intercâmbio com jornalistas amplia as relações com os parceiros da China

O programa de intercâmbio de jornalistas estrangeiros, a decorrer na República Popular da China, tem servido de oportunidade para o país asiático promover as potencialidades e confirmar o enorme desenvolvimento, com predominância para as tecnologias e inovação.

Lançado em 2014, com objectivo de promover o intercâmbio entre os profissionais da comunicação social chinesa e estrangeira, bem como criar condições para o melhor conhecimento da China, o programa inscreveu já a participação de mais de 450 jornalistas, oriundos de África, Ásia-Pacífico, América Latina e Caribe, Eurásia, Arábia, Europa Central e Oriental.

Depois de dois anos de interregno, devido à pandemia da Covid-19, e após o Centro de Imprensa Internacional da China (CIPCC) ter retomado o programa em 2022, este ano, 64 jornalistas estrangeiros, em representação de 51 países, incluindo Angola, dão sequência aos desafios do país asiático mostrar o desenvolvimento e as potencialidades.

Paralelamente ao propósito de promover a política externa e interna do país, o programa inclui ciclos de formação dos jornalistas e troca de experiências com profissionais da comunicação social chinesa.

Com duração de quatro meses, o programa proporciona aos profissionais da imprensa estrangeira oportunidades de assistir a palestras sobre política, diplomacia, economia, redução da pobreza e cultura da China.

O programa prevê, ainda, estágios em órgãos de comunicação chinês, cobertura de eventos domésticos e regionais na China, visita para reportagens em grupo a províncias, distritos e aldeias conhecidos pelo desenvolvimento sócio-económico, investimento, tecnologia e inovação, cultura e turismo.

 

Estudar a China

A ministra-adjunta dos Negócios Estrangeiros da China e porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Hua Chunying, considerou o programa uma oportunidade para que os jornalistas de outros países estudem a realidade chinesa.

Revelou, ainda, que, desde 2014, o país se dedica a desenvolver o program, através do Centro de Imprensa Internacional - CIPCC - para construir uma plataforma de intercâmbio entre profissionais da imprensa na Ásia, África, Ásia-Pacífico, América Latina e Caribe, Eurásia, Arábia, Europa Central e Oriental.

"Nos últimos dois anos, devido ao Covid-19, o Centro teve de suspender os seus programas presenciais, mas nunca deixou de trabalhar. É uma janela para a media dos países em desenvolvimento ver e sentir o pulso do desenvolvimento da China”, acrescentou Hua Chunying.

Dada a abertura do país à imprensa mundial, os jornalistas estrangeiros cumprem, igualmente, um plano de visitas a vários lugares, desde locais históricos, empresas de alta tecnologia, participação de sessões de aprendizado da caligrafia chinesa e outros eventos de intercâmbio cultural.

"O objectivo é promover a cooperação prática entre os jornalistas presentes em Pequim, bem como ajudar os participantes do programa a obter uma compreensão abrangente e profunda da China”, sustentou a porta voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

A primeira edição do programa, em 2014, contou com a participação de 60 jornalistas, em representação de 51 países, tendo o evento consumido 4 meses, ou seja, o mesmo tempo de duração da actividade do presente ano.

Durante a permanência no programa de formação e de intercâmbio, os jornalistas expatriados devem respeitar as leis e regulamentos chineses, a ética profissional do jornalismo, abster-se de actividades ilegais, respeitar os acordos da CIPCC e ser pontual para as sessões de formação, entrevistas, intercâmbios e visitas.

De igual modo, os jornalistas são obrigados a cumprir e cooperar com as políticas de prevenção contra epidemias.

 

  Inovação do mecanismo de redução da pobreza

A China garante ter alcançado êxitos nos desafios de redução da pobreza, por intermédio de mecanismos inovadores.

De acordo com o professor Wang Sangui, do College Agriculture and Rural Development of Renmin University of China, a focalização regional da situação produziu resultados notáveis, tendo etnias pobres e aldeias alcançado um desenvolvimento rápido.

As estatísticas ao nível das comunidades mais pobres na China, disse, tiveram um desempenho melhor do que os países não pobres nos principais indicadores económicos, no espaço de 7-8 anos, período do plano de redução da pobreza.

O valor agregado agrícola de 592 nas referidas comunidades pobres aumentou 7,5 por cento/ano, 0,5 pontos percentuais acima da média rural; a produção de grãos subiu 1,9 por cento ao ano, representando 3,2 vezes a produção rural nacional da taxa média de crescimento. A taxa média anual de crescimento da renda líquida per capita dos agricultores foi de 12,8%, dois pontos percentuais acima da taxa de crescimento médio nacional.

"Os resultados da análise quantitativa também sustentam a conclusão de que a pobreza regional, alívio e desenvolvimento conduzem ao crescimento económico e de renda em áreas pobres”, esclareceu Wang Sangui, durante a palestra dirigida aos jornalistas estrangeiros.

Ressaltou que através da identificação precisa das dificuldades, assistência, gestão e avaliação dos domicílios e vilas pobres, orientação a alocação ideal dos recursos de alívio da pobreza, a China conseguiu aliviar o fenómeno junto das famílias mais necessitadas e construir gradualmente um mecanismo de longo prazo para a redução do número de necessitados.

 

  Diplomacia considera o país um dos mais seguros do mundo

A República Popular da China tornou-se num dos países mais seguros do mundo, com conquistas históricas da soberania, segurança e interesses de desenvolvimento salvaguardados de maneira abrangente, assegurou, recentemente, em conferência de Imprensa, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês.

Falando por ocasião da presença em Pequim da delegação de 64 jornalistas estrangeiros, em representação de 51 países, incluindo Angola, o responsável esclareceu que o socialismo com características chinesas entrou para uma nova era, tendo a situação de segurança do país passado por mudanças profundas e complexas.

Na sequência de uma revisão geral da situação de segurança nacional, disse, a Direcção do Partido Comunista Chinês, liderado por Xi Jinping, apresentou de forma inovadora a abordagem holística (geral) da segurança, fornecendo as directrizes para salvaguardar e moldar a segurança nacional na nova Era.

"Sob a orientação sólida dessa abordagem, o trabalho relacionado à segurança nacional na nova Era obteve conquistas históricas da nossa soberania, segurança e os interesses de desenvolvimento são salvaguardados de maneira abrangente e a sociedade em geral tem-se mantido estável ao longo dos anos”, ressaltou o porta-voz da diplomacia chinesa.

"A China tornou-se um dos países mais seguros do mundo”, assegurou, para em seguida lamentar o facto de a situação de segurança mundial estar a atravessar uma "fase de desordem”, com questões de segurança tradicionais e não tradicionais entrelaçados.

Admitiu, por isso, serem cada vez difíceis os propósitos da sociedade humana, dados os desafios sem precedentes enfrentados, numa encruzilhada onde as escolhas devem ser muito bem feitas.

A abordagem holística da segurança nacional, de acordo com Wang Wenbin, aconselha a coordenação entre a própria segurança de cada país e a segurança mundial, de todos, com a defesa de benefícios mútuos para os países e um caminho de segurança do qual todos os países podem se beneficiar.

"Diante de um mundo repleto de mudanças e caos, o Presidente Xi Jinping propôs a iniciativa de Segurança Global, que defende a visão de segurança comum, abrangente, cooperativa e sustentável, rejeitando a mentalidade da Guerra Fria e, se opõe ao unilateralismo, à política de grupo e ao confronto em bloco”, sublinhou.

Referiu, ainda, a propósito, que representa plano da China, para resolver as dificuldades de segurança mundial e eliminar o déficit de segurança internacional, a "firme determinação e senso de responsabilidade em salvaguardar a segurança global”.

A diplomacia da China na nova Era, revelou, continuará a agir de acordo com o requisito da abordagem holística da segurança do país, mas também vai contribuir para a segurança mundial,  "com a mesma entrega com que protegemos nossa própria segurança”. 

Acrescentou o porta-voz da diplomacia chinesa, por outro lado, que o "gigante asiático” vai proteger com firmeza  os seus interesses e a dignidade da nação e, enquanto isso, participa de vital modo de forma activa na melhoria da gestão da segurança no mundo.

"Promoveremos esforços conjuntos de todos os países, para responder aos riscos e desafios de segurança e faremos esforços incansáveis para construir um mundo mais seguro e mundo mais bonito”, garantiu.

Fonte: JA