Caixas comunitárias são fundos geridos por associações de camponeses e cooperativas, para apoiar os seus membros na realização de actividades produtivas ou negócios de interesse da comunidade, através de empréstimos a juros significativamente inferiores aos concedidos pelos bancos.
A informação foi prestada hoje, quarta-feira, pelo técnico das caixas comunitárias do Instituto de Desenvolvimento Agrário (IDA), Wilson Silvestre, no final da formação sobre criação de caixas comunitárias, dirigida a técnicos das Estações de Desenvolvimento Agrário (EDA) dos 14 municípios e estagiários.
O responsável fez saber que o valor acumulado pelos agricultores filiados em cooperativas e associações resulta da venda da produção desde o início de 2019 até Dezembro de 2022, altura em que foram criadas outras 15 caixas comunitárias, cujos valores ainda não estão estimados.
Sublinhou a importância das caixas comunitárias na garantia da autonomia dos produtores na compra de meios de produção, para multiplicação das áreas de cultivo, para além estar a permitir investir na construção e reabilitação de infra-estruturas sociais.
Apontou os municípios de Malanje, Mucari, Calandula e Kiwaba Nzoji como sendo as que têm as cooperativas e associações de referências em termos de criação e gestão de caixas comunitárias.
Com duração de seis dias, a formação ora encerrada contou com a participação de 56 técnicos do IDA e 25 estagiários do Instituto de Tecnologia Agro-alimentar (ITA) e do IMAM.
Promovida pelo IDA, o curso abordou temas como funcionamento das caixas comunitárias e sua importância no relançamento da produção agrícola familiar, estratégia, metodologia, impacto social e organizacional, bem como o papel dos extensionistas do IDA, parceiros e líderes comunitários no aumento da produção agrícola. ACC/PBC
Fonte: Angop
