Internacional
14 Março de 2023 | 11h23

Rússia prolonga acordo de cereais entre Kyiv e Moscovo em 60 dias

Anúncio foi feito pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.

A extensão do acordo para exportação de cereais entre Rússia e Ucrânia foi esta terça-feira aprovada, por 60 dias, "nos termos que foram previamente determinados".

A informação foi avançada pela agência estatal russa TASS, que cita o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Alexander Grushko.

"O vice-ministro [dos Negócios Estrangeiros] da Rússia [Sergey Vershinin], responsável pelo acordo, fez uma declaração ontem. De facto, o acordo foi estendido, a sua extensão por 60 dias foi acordada. Foi novamente confirmado como um pacote de acordo", disse Grushko.

Os russos exigiram, no entanto, que seja cumprida a promessa feita ao Kremlin, "na implementação particularmente da segunda via, significando a remoção de todas as sanções, diretas e indiretas, no fornecimento de produtos agrícolas russos para mercados internacionais".

O ministro da Infraestrutura da Ucrânia, Oleksander Kubrakov, afirmou na segunda-feira que a proposta russa de estender o acordo de exportação de cereais por apenas 60 dias está em desacordo com o que foi assinado em julho passado.

"O acordo implica pelo menos 120 dias de prorrogação. A posição russa contradiz o documento assinado pela Turquia e pela ONU", declarou Kubrakov na rede social Twitter.

O ministro ucraniano sublinhou que a Ucrânia vai esperar que as Nações Unidas e a Turquia, parceiros no acordo, se posicionem sobre a proposta russa.

A Ucrânia, as Nações Unidas e a Turquia acordaram com Moscovo em 17 de novembro de 2022, em Istambul, estender a 'Iniciativa para o transporte seguro de produtos agrícolas através do Mar Negro' por um período de mais 120 dias.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). No total, segundo as Nações Unidas, já terá resultado na morte de mais de 8 mil civis.

Fonte: NM