Política
08 Março de 2023 | 18h55

Moxico apresenta risco de branqueamento de capitais

A província do Moxico apresenta vários pontos de risco de branqueamento de capitais e outros conexos, face à movimentação das fronteiras da região, segundo o director-geral adjunto da Unidade de Informação Financeira (UIF), António dos Santos.

O responsável, que falava terça-feira, disse que devido aos vários pontos de avaliação de risco de branqueamento de capitais e de outros conexos, a UIF decidiu promover um workshop dirigido aos órgãos que administram a justiça e o sistema financeiro.

A província do Moxico situa-se no Leste de Angola, fazendo fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), por via do município do Luau, a mais movimentada, e com a Zâmbia, através do município do Alto Zambeze.

A UIF é o órgão central responsável pela coordenação e implementação das políticas de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa em Angola.

A acção formativa, de um dia, abordou a estratégia de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, envolvendo representantes do Tribunal de Comarca, Procuradoria Geral da República (PGR), Serviço de Investigação Criminal (SIC), Administração Geral Tributária (AGT) e bancos comerciais.

O financiamento do terrorismo e proliferação de armas de destruição em massa estiveram igualmente em debate.

Em declarações à ANGOP, o director-geral adjunto da UIF disse que o workshop permitiu reforçar os mecanismos de prevenção a esses crimes, em parceria com outras instituições que lidam com essa matéria, no quadro da defesa dos interesses do Estado, para a estabilização da economia nacional e captação dos investidores internacionais.

Por sua vez, o vice-governador da província do Moxico para o sector Político, Economico e Social, Víctor da Silva, recomendou a promoção de mais acções formativas e a partilha de informação nas zonas fronteiriças, por entender ser espaço propenso a prática de crimes de branqueamentos de capitais e financiamento do terrorismo.

Já o chefe do Departamento jurídico e Monitorização da UIF, Erivelt Bastos, destacou "a boa cooperação e troca de informação” entre as instituições que integram o sistema nacional de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e crime subjacentes, para facilitar o combate este fenómeno.