Política
06 Março de 2023 | 16h21

Cooperação Angola e Eslovénia dá sinais positivos – Presidente Eslovena

A Presidente da Eslovénia, Natasa Pirc Musar, afirmou hoje, em Doha, que Angola e o seu país estão a viver uma era que dá sinais “muito positivos”, quanto à cooperação bilateral.

A Estadista eslovena falava à imprensa depois de um encontro com a Vice-Presidente de Angola, Esperança da Costa, a seu pedido, no qual, entre outras questões, abordou-se as Alterações Climáticas, Poluição, Energias Verdes e Energias Renováveis.

A reunião ocorreu à margem dos trabalhos da 5ª Conferência das Nações Unidas sobre os Países Menos Avançados, que acontece entre 5 e 9 de Março, na capital do Catar, Doha.

Natasa Pirc Musar enfatizou o facto de a Vice-Presidente de Angola ter sido eleita há sensivelmente seis meses, e no seu caso a cerca de dois meses. "Isto é um sinal muito positivo que marca uma era de cooperação, e no futuro vamos debater questões em torno da igualdade de género”, afirmou.

Ressaltou o facto de em 32 anos de independência ser a primeira presidente mulher do Estado esloveno.

Por outro lado, declarou que a Eslovénia está, neste momento, muito debruçada em torno das Alterações Climáticas, e é intenção fazer um trabalho intenso para a redução da poluição, sobretudo nos Países Menos Avançados.

"Estamos a trabalhar em projectos de Energias Verdes e Energias Renováveis, e a senhora Vice-Presidente transmitiu o quanto Angola está a ser afectada pelas Mudanças Climáticas”, afirmou Natasa Pirc Musar.

Segundo a Estadista, a União Europeia sofre, também, presentemente, com as Mudanças Climáticas, com incêndios florestais, afigurando-se que cada país trabalhe contra aquele fenómeno para que se tenha um planeta mais saudável.

Recordou que já na altura em que a Eslovénia era parte da Jugoslávia, tinha estabelecido fortes relações bilaterais, e não só, com países do continente africano, estando por isso condenados a trabalhar em conjuntos.

Informou que a União Europeia, da qual o seu país faz parte, está a trabalhar num programa voltado à vulnerabilidade, com vista a obter financiamentos para os Países Menos Avançados colmatarem os seus problemas.

Durante a sua permanência em Doha, Esperança da Costa, além dos encontros de cortesia, domingo, com os presidentes do Malawi, Lazarus McCarthy Chakwera, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema, concedeu audiências ao Director-Geral da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) e ao director-geral Adjunto da Agência Internacional de Energia Atómica.

Fê-lo, no mesmo dia, igualmente com o director-geral Adjunto da Agência Internacional de Energia Atómica, com a secretária-geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED) e com o director da Agência Brasileira de Cooperação.

Sábado, recebeu, em audiência, a conselheira especial para questões africanas do Secretário-Geral da ONU, e o Director-Geral Adjunto da Unesco.

A Vice-Presidente da República de Angola está em Doha, em representação do Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na 5ª Conferência das Nações Unidas sobre Países Menos Avançados.

Ao discursar no primeiro dia do evento Esperança da Costa afirmou que o Governo de Angola está comprometido com a implementação do Programa de Acção de Doha, relativo aos 46 países listados pela ONU como menos avançados (33 de África, 12 da Ásia e Pacífico, e um do Caribe), que representam 12% da população mundial.  ADR/SC

Vice-PR encontra-se com a PR da Eslovénia, Natasa Pirc Musar © Fotografia por: Cedida

Fonte: Angop