Os pacientes que necessitam de tratamentos cirúrgicos e radiografia são transferidos ao município de Ambaca ou em Ndalatando, capital da província, tarefas também, dificultadas pelo estado de degradação das vias de acesso à circunscrição.
Os partos que careçam de cesarianas e as patologias que necessitem de intervenções cirugicas têm sido desafiantes para as autoridades sanitárias na região, por falta desses serviços.
A informação foi prestada à imprensa, esta quinta feira, pelo director municipal da Saúde do Bolongongo, Barros Pegado, adiantando que a circunscrição carece também de serviços de ortopedia, hemoterapia, oftalmologia e outros.
Informou que a ausência desses serviços deveu-se ao facto de a localidade não ter um hospital de nível municipal e de o estatuto do actual centro de saúde não prever a existência dos mesmos serviços.
" O nosso município não tem um hospital, mas sim um centro de saúde, e com isso temos tido problemas com algumas patologias”, frisou.
Disse que está em curso o processo de elevação da unidade sanitária à categoria de hospital municipal, o que vai permitir a instalação de novos serviços que facilitarão à assistência médica às populações.
Para isso, a administração municipal de Bolongongo investiu, no âmbito no Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate à Pobreza (PIDLCP), 70 milhões de kwanzas para a reabilitação e ampliação da referida unidade sanitária.
As obras tiveram inicio em Maio de 2022 e contemplam a reabilitação completa da infra-estrutura, edificada na era colonial, bem como a construção de uma maternidade com nove camas, cozinha, sala de reuniões, consultórios, entre outras dependências.
Com capacidade de internamento para 52 camas, a unidade sanitária conta com uma morgue capaz de conservar seis corpos.
As doenças diarreicas e respiratórias agudas, febre tifóide, malária são as doenças mais frequentes na circunscrição que conta com perto de 20 mil habitantes.
Actualmente, o sector da saúde em Bolongongo conta com 10 unidades sanitárias, sendo nove postos de saúde e um centro, que aguarda pela elevação a categoria de hospital municipal.
Noventa e três técnicos de saúde, dos quais 52 enfermeiros e oito médicos asseguram a assistência medica na circunscrição. EFM/DS
Fonte: Angop