O papel de Angola para a pacificação da RDC vai estar outra vez em destaque nessa reunião, convocada pela África do Sul, na qualidade de presidente do Conselho de Paz e Segurança (CPS) da UA para o mês de Fevereiro.
A deterioração da situação no Leste da RDC requer atenção urgente da União Africana (UA) e do seu Conselho de Paz e Segurança, em particular com base no seu mandato com o foco na promoção da paz e estabilidade em África.
O CPS vai analisar a necessidade do envolvimento mais abrangente da UA, Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, SADC e ONU nos esforços para o silenciar das armas na RDC.
O embaixador de Angola na Etiópia, Francisco da Cruz, disse que o Presidente da República, João Lourenço, foi convidado a participar nessa reunião, para prestar a sua contribuição e dar uma informação sobre a evolução da situação da RDC "e os esforços que Angola tem estado a fazer conducentes à paz e estabilidade nesse país vizinho e irmão".
O também representante permanente de Angola junto da UA considerou de capital importância a realização da reunião, para se conseguir um maior alinhamento entre os processos de Luanda e Nairobi, duas iniciativas complementares para a paz e estabilidade na RDC.
Francisco da Cruz entende ser necessário mobilizar maior apoio e concertação de vários actores, nomeadamente a União Africana, as comunidades económicas regionais e as Nações Unidas, para a implementação conjunta das iniciativas existentes.
Os combates no leste da RDC entre as forças governamentais e os rebeldes do M23 intensificaram as tensões entre Kinshasa e Kigali.
O Presidente João Lourenço, que preside à Conferência Internacional para a Região dos Grandes Lagos (CIRGL), é igualmente o medianeiro da União Africana (UA) na crise entre o Rwanda e a RDC.
Uma cimeira organizada em Angola no dia 23 de Novembro de 2022, pediu um cessar fogo e a consequente retirada das forças em confronto que se encontram no terreno. DC/AL/ADR
Fonte: ANGOP
