O projecto financiado pelo governo japonês, com um valor de 647 mil 59 dólares norte-americano, foi executado em 12 meses tendo sido removidos e destruídos 21 minas anti-tanque, 15 anti-pessoal, 543 uxos (engenhos explosivos não detonados) e mil 350 munições de vários calibres.
Em progresso, está a se desminar a zona da Vila Luso 2, onde já se efectuou trabalhos numa área de 118 mil e 434 engenhos explosivos e removeu-se uma mina anti-tanque, sete uxos e 593 munições de vários calibres.
Dentro de meses, a MAG vai realizar trabalhos na terceira zona daquele bairro.
Ao falar no acto de entrega da zona desminada, o encarregado de Negócios da embaixada do Japão em Angola, Takahashi Yusuke, disse que o projecto faz parte das actividades financiadas do seu país, no âmbito do Programa de Assistência a Projectos Comunitários e de Segurança Humana (APC).
Afirmou que o Japão quer criar uma vida mais segura nas comunidades de Angola, face ao perigo que as minas representam.
Por outro lado, sugeriu ao Governo do Moxico para se inscrever no próximo ciclo de aprovação de projecto, uma vez que o Japão quer apoiar a província nesse segmento e nos sectores da saúde, educação e água potável.
O vice-governador da província de Moxico, para o Sector Político, Social e Económico, Victor da Silva, ao mostrar-se satisfeito pela entrega do campo, afirmou que será uma "mais-valia” para a população expandir as suas zonas de produção agrícola, para além de circular com segurança.
Japão apoia Angola com projectos comunitários de acção contra as minas desde 1999, tendo sido desembolsado mais de 16 milhões de dólares (14 milhões de euros) "não reembolsáveis”, em programas de assistência e planos comunitários na região.
No Moxico, apoia actualmente projectos de desminagem, por intermédio da MAG, nos bairros Vila Luso 2 e 3, perímetro do aeroporto do Luena "Comandante Dangereux”, ponte sobre o rio Canhengue, Lumege Pinto e Lumege Candjamba, num investimento de 611 mil dólares norte-americanos.
Contudo, nesta província do leste do país, há registo de 233 campos minados, detectados em 2022 nos municípios do Moxico (sede provincial), Camanongue, Bundas, Alto Zambeze e Luchazes.
Fonte: Angop
