Política
13 Janeiro de 2023 | 11h50

Diplomatas realçam papel de Angola na pacificação do continente africano

O corpo diplomático acreditado em Angola realçou, esta quinta-feira, em Luanda, o esforço levado a cabo pelo estadista angolano, João Lourenço, no processo de pacificação da Democrática do Congo (RDC) e no continente africano.

O reconhecimento foi manifestado pelo decano do corpo diplomático acreditado em Angola, o embaixador da Polónia, Piotr Józef Myslimwiec, durante a cerimónia de apresentação de cumprimentos referentes ao ano 2023, apresentados  ao estadista angolano, no Palácio Presidencial, na Cidade Alta.

"Nós, os diplomatas, seguimos de perto, com interesse e admiração essas acções, as cimeiras, em Luanda e em outras capitais da região, as viagens múltiplas do Presidente da República e do ministro das Relações Exteriores, além das teleconferências”, destacou Piotr Józef Myslimwiec, sublinhando terem apreciado muito estes esforços do Presidente João Lourenço para tornar melhor a Região dos Grandes Lagos e, consequentemente, o mundo. 

Piotr Józef Myslimwiec disse que o estadista angolano não poupou esforços para ajudar a resolver aquele conflito, que considerou velho e multidimensional.

O decano do corpo diplomático acreditado em Angola considerou, a propósito, oportuno o facto de Angola ter organizado, em Maio do ano passado, em Malabo, Guiné Equatorial, a cimeira extraordinária da União Africana, que abordou o terrorismo e as mudanças inconstitucionais de regime em África.

Foi nesta cimeira em que o Chefe de Estado foi designado, pela União Africana, "Campeão para a Reconciliação e Paz em África”, como resultado do seu engajamento para a pacificação do continente africano, com realce para a Região dos Grandes Lagos.

Os diplomatas acreditados em Angola reconheceram, ainda, na voz de Piotr Józef Myslimwiec, que o ano que acaba de terminar foi positivo para Angola, mas não tanto para o mundo, por ter sido confrontado com uma guerra, no continente europeu, que ameaça a estabilidade global, numa clara alusão ao conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

"Este conflito mostrou-nos, de uma maneira muito clara, que estamos todos interligados e mutuamente dependentes uns dos outros e que este planeta não é assim tão grande como aparenta ser”, frisou.

 O diplomata disse que este conflito, apesar de ocorrer num lugar longínquo, pode influenciar ou mudar a situação, aqui ou ali, e, em função disso, todos deveriam sentir-se responsáveis para o futuro "da nossa casa comum”.

"Não podemos continuar na lógica de uma aldeia isolada, no instinto de egoísmo, porque o futuro dos outros também depende das nossas acções”, declarou o diplomata, que elogiou,  igualmente, os esforços da Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço, em relação ao Programa Nascer Livre para Brilhar, que evita a transmissão do VIH de mãe para filho.

Os diplomatas acreditados em Angola desejaram ao Chefe de Estado boa continuação nos esforços para a melhoria da vida de todos os angolanos, manter Angola como um actor incontornável na construção da paz e estabilidade global. "Desejo sucesso na presidência angolana, na organização dos países de África, Caraíbas e Pacífico, e votos de boa saúde e muita satisfação para si, seus colaboradores e família. Feliz Ano novo!”.   

 

Guerra contra Ucrânia é uma ameaça à paz e à segurança

O Presidente da República exortou, na ocasião, ao estabelecimento de um cessar fogo definitivo e incondicional, por parte da Rússia contra a Ucrânia, de modo a se criar o necessário ambiente negociável entre as partes envolvidas, capaz de dar lugar à construção de uma paz sólida e duradoura naquele continente.

João Lourenço destacou que a guerra contra a Ucrânia representa uma séria ameaça à paz e à segurança, não apenas para a Europa, mas a nível global. O estadista angolano lembrou que este conflito já provocou a maior crise energética, alimentar e humanitária, que o mundo conheceu após a II Guerra Mundial que, "como sabemos, terminou em 1945, ou seja, há 78 anos”.

Fonte: JA