Os moradores subscreveram uma nota de protesto dirigindo a ENDE, e que a ANGOP teve hoje acesso, no Luena, "exigindo esclarecimento" dessa empresa pública de electricidade, sobretudo as razões das constantes alterações dos emolumentos mensais sem aviso prévio.
"Tendo se constado, de forma reiterada, desde dos preliminares da celebração contratual, a alteração reiterada dos emolumentos, ou seja, a taxa de energia de residência (…), solicitamos que se digne nos conceder um encontro para devidos esclarecimentos”, lê-se na nota assinada pelo coordenador de uma das quadras, Ezequiel Miza, em nome do colectivo.
Em declarações à ANGOP, para falar sobre o assunto, o director da ENDE no Moxico, Arnaldo Carlos, negou ter recebido reclamação de moradores da Centralidade do Luena, com a excepção da de "um parceiro de negócios e já foi revista”.
Contudo, explicou que as taxas cobradas na Centralidade do Luena são diferentes das dos outros bairros da cidade, e justificam-se devido a alta potência instalada, que ronda os 3.3 KVA´s, recomendados pelo construtor desse complexo habitacional.
Disse que a centralidade do Luena possui moradias, como apartamentos T3, possuir, no mínimo, 10 lâmpadas, e as duplex, ter 15 lâmpadas, o que leva as taxas de energia a variarem em função.
Outra causa apontada pelo responsável, para explicar a alta taxa, é a entrada em vigor do Decreto Presidencial Nº 122/19 de 24 de Maio, que aprova as tarifas de venda de energia eléctrica, com base a fórmulas, suas variáveis, factores de potência e multiplicadores.
Admitiu que os moradores podem solicitar vistorias nas residências, procedimento não cumprido de forma prévia "porque as pessoas solicitaram os contratos sem estar lá a morar”.
"Mas a vistoria não quer dizer que baixará o preço global da factura, nalguns casos até pode subir”, alertou para quem os moradores não podem comparar as taxas da Centralidade do Luena com as dos seus últimos bairros.
Sobre a instalação dos contadores, uma das possíveis soluções para redução das taxas, disse ter solicitado à Direcção Nacional da ENDE e serão instalados assim que estiverem disponíveis.
Com 425 apartamentos, mais de mil habitam, há três meses, a centralidade do Luena projectada para mais de duas mil famílias.
Tal como as demais do país, a centralidade Heróis do Cangamba é composta por moradias e apartamentos T3, lojas, centro de saúde e estabelecimentos pré-escolar e do ensino primário e áreas de lazer.
Fonte: Angop
