A NSA alegadamente obteve informações sobre a gestão de rede da universidade e outras "tecnologias essenciais", lê-se no comunicado da entidade chinesa.
Os analistas chineses encontraram 41 ferramentas de "ataque de rede" que foram rastreadas até à agência norte-americana.
China, Estados Unidos e Rússia são considerados líderes globais na chamada guerra cibernética.
Washington acusa Pequim de usar indevidamente as suas capacidades para usurpar segredos comerciais e apresentou acusações criminais contra oficiais do Exército chinês.
Já a China acusa as autoridades norte-americanas de espionarem universidades, empresas de energia e tecnológicas, entre outros alvos.
Especialistas em segurança dizem que a ala militar do Partido Comunista, o Exército de Libertação Popular, e o Ministério da Segurança do Estado também patrocinam piratas cibernéticos que operam fora de agências governamentais.
A Universidade Politécnica do Nordeste, na cidade de Xi'an, faz parte de uma "lista de entidades" designada pelo Governo dos Estados Unidos.
Washington diz que a universidade ajuda o Exército chinês a desenvolver 'drones' (aeronaves não tripuladas), submarinos e tecnologia de mísseis.
No ano passado, um cidadão chinês, identificado como Shuren Qin, foi condenado a dois anos de prisão por um tribunal federal na cidade norte-americana de Boston, depois de se ter declarado culpado de exportar tecnologia submarina e marinha para aquela instituição de ensino, sem ter as licenças necessárias.
O Centro de Resposta a Emergências de Vírus Informáticos foi criado em 1996, pelo departamento da polícia da cidade chinesa de Tianjin, e descreve-se como uma agência chinesa responsável pela inspeção e teste de produtos anti-vírus para computadores.
O comunicado emitido hoje acusou a agência norte-americana de realizar outros "ataques de rede maliciosos" na China, mas não deu detalhes ou qualquer indicação se algum dano foi causado.
A mesma nota não explica como os analistas chineses concluíram que a agência norte-americana foi responsável pelos ataques, que foram realizados a partir de servidores localizados em 17 países, incluindo Japão, Coreia do Sul, Suécia, Polónia, Ucrânia e Colômbia.