A primeira edição da Feira de Produtos Fabricados em Angola, que se estendeu por cinco dias, no município de Viana, em Luanda, arrecadou 550 milhões de kwanzas, resultante da venda de produtos colocados à disposição e de parcerias consolidadas pela centena de expositores provenientes de Benguela, Bié, Cabinda, Cuando Cubango Cuanza-Norte, Cuanza-Sul e Luanda.
O secretário de Estado do Comércio, Amadeu Nunes, enalteceu e agradeceu a massiva e regular participação dos expositores naquela que foi a primeira edição da Feira "made in” Angola, decorrida sob o lema "Desenvolver e Dinamizar a Produção Nacional”.
Amadeu Nunes, que discursou no encerramento da feira, admitiu que a iniciativa tem acolhimento no Plano de Desenvolvimento Industrial de Angola, que visa fomentar o desenvolvimento da indústria transformadora de forma competitiva e sustentável.
O referido plano, argumentou, assenta numa visão de médio e longo prazos para a indústria nacional e passa pela transformação estrutural do sector, baseada no desenvolvimento mais integrado das cadeias produtivas, combinando investimentos-chaves que permitam utilizar os recursos que Angola dispõe como vantagens comparativas, com in-vestimentos em subsectores em que seja possível ir criando vantagens competitivas.
"Como sabemos, promover a indústria transformadora nacional, exibir produtos fabricados em Angola e seleccionar iniciativas empresariais para o investimento, constam dos programas de desenvolvimento do nosso Executivo”, observou.
O Ministério da Indústria e Comércio, nas suas atribuições e em colaboração estreita com os departamentos ministeriais do sector produtivo, "não medirá esforços, para apoiar iniciativas que procuram alavancar a actividade industrial e comercial no país”, reforçou.
A primeira edição da Feira de Produtos Fabricados em Angola mostrou que é possível produzir e criar mercados ante as dificuldades provocadas pela pandemia da Covid-19 e pelo contexto geopolítico internacional.
A feira serviu de plataforma para o Ministério da Indústria e Comércio experimentar um modelo que seja sucesso da presença institucional, me-diante o qual as suas direcções e institutos podem utilizar como ferramentas de maior aproximação as empresas industriais e comerciais.
Na ocasião, Amadeu Nunes apelou aos expositores, organizadores e participantes, no sentido de criarem sinergias para a realização da segunda edição desse evento nacional.
Cerca de 100 empregos directos foram garantidos aos jovens que procuraram por uma oportunidade, segundo o presidente do Conselho de Administração da C.CALAS Angola, que admitiu ser, também, um dos objectivos da realização de feiras do género a promoção do primeiro emprego.
A C.Calas Angola é uma empresa de organização de feiras nacionais e internacionais e outros eventos e a sua missão é a promoção das potencialidades do mercado angolano, em parceria com departamentos ministeriais, governos provinciais e empresas do sector privado.
No rol de feiras que tem realizado, estão a Expo-Uíge, Expo-Cuanza-Norte, Expo-Cuanza-Sul, Expo-Cacuso (Malanje), FAI-Viana (Luanda) e a Expo-Hotel, no centro de produção da Televisão Pública de Angola (TPA), na Camama, em Luanda.
Fonte: JA