Khabane Lame, nascido no Senegal, em África, vive em Chivasso, no norte de Itália, onde trabalhava na construção civil. Porém, com a chegada do novo coronavírus, o jovem perdeu o emprego, o que o obrigou a voltar para casa dos pais, também a morar no país.
"A ideia surgiu-me porque andava a ver vídeos na internet e gostava da ideia de simplicidade", disse Lame à CNN. Os seus vídeos são muito curtos e simples, mostram o senegalês a reagir a vídeos de outras pessoas, sempre com as suas marcas característica: não diz uma palavra e termina com um expressivo gesto de mãos em que parece indicar "voilá".
"O tipo de gesto surgiu por acidente, mas o silêncio não. Pensei numa maneira de chegar à maior quantidade de pessoas possível. A melhor forma era não falar", acrescentou.
A sua popularidade abriu-lhe as portas a parcerias lucrativas com marcas e empresas nacionais e internacionais, incluindo Netflix, Barilla ou Dream11, entre outros. Lame recusou divulgar quando ganha com as parcerias, embora seja público que as maiores estrelas das plataformas de partilha de conteúdos podem ganhar milhões por ano.
Lame garante que a compra mais extravagante que fez desde que se tornou famoso foi um iPhone 12, para poder fazer vídeos melhores. "Não ando a comprar nada maluco", disse, admitindo, porém, que a sua vida não é a mesma que era há apenas 18 meses, quando não tinha emprego nem perspetivas.