Tecnologia
30 Junho de 2021 | 08h49

Hoje é Dia Mundial das Redes Sociais

A data foi criada pelo site Mashable em 2010, como uma forma de reconhecer a revolução digital que fez dos media um ambiente social, celebrando-se anualmente a 30 de Junho desde então.

O dia é comemorado com a organização de encontros informais de pessoas de todo o mundo por meios tecnológicos ou presencialmente. Alguns eventos são transmitidos online em direto e são abertos a todos, para tornar a data verdadeiramente social. O destaque dos encontros vai para a partilha de conhecimentos sobre as áreas transversais às redes sociais e sobre as especificidades destas.

A cada dia que passa as redes sociais ganham mais importância. Apesar de certas redes sociais pioneiras como o Myspace já não serem relevantes, outras tornaram-se obsessões, como o Facebook e o Twitter. As próprias empresas reconheceram a importância das redes sociais, recorrendo a sites como o LinkedIn para contratar trabalhadores. Snapshat, Vine e Instagram são outros exemplos de plataformas sociais populares.

Porém, o uso indevido dessas plataformas põe em risco a sanidade mental de muitos usuários. Psicólogos, psiquiatras e especialistas do Vale do Silício alertam que o uso das redes sociais pode ser viciante e suas consequências, as mesmas de qualquer outra dependência: ansiedade, dependência, irritabilidade, falta de autocontrole.

Um estudo realizado pela Chicago Booth School of Business indicava, há  cinco anos, que o Facebook, Twitter e outras redes sociais têm uma capacidade de viciar superior à do tabaco ou do álcool porque, entre outras coisas, acessá-las é simples e gratuito. Além disso, se o próprio pai do IPad, IPod, IPhone, Steve Jobs, não deixava que seus filhos tivessem muito contacto com a tecnologia -limitava o tempo de uso deles-seria porque, provavelmente, imaginava que as redes sociais poderiam afectar os mais jovens.


Entre as causas mais reconhecidas da dependência das redes sociais se encontra a baixa autoestima, a insatisfação pessoal, a depressão ou hiperatividade e, inclusive, a falta de afecto, carência que muitas vezes os adolescentes tentam preencher com os famosos likes. 

De facto, muitos jovens os procuram quase compulsivamente para experimentar uma intensa, mas sempre breve sensação de satisfação que, no entanto, pode ser contraproducente uma vez que os tornam dependentes, ao longo do tempo, da opinião dos outros.

O perfil maioritário do dependente é o de um jovem de 16 a 24 anos. Os adolescentes são os que correm um maior risco de cair na dependência, de acordo com os especialistas, por três motivos fundamentais: a sua tendência para a impulsividade, a necessidade de terem influência social ampla e expansiva e, finalmente, a necessidade de reafirmar a identidade de grupo.
SINTOMAS DA DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS
O que determina a dependência? A fronteira é difusa, mas existem alguns indícios que dão bastantes pistas sobre se essa dependência das redes sociais existe ou não, embora a última palavra corresponda sempre a um profissional médico. Estes são os tiques mais habituais:

Nervosismo quando não se tem acesso à Internet, a rede social não funciona ou está mais lenta do que o habitual.
Consultar as redes sociais assim que se levanta e antes de se deitar.
Sentir-se inquieto se não tiver o smartphone ao alcance da mão.
Caminhar utilizando as redes sociais.
Sentir-se mal se não receber likes (curtidas), retweets ou visualizações.
Usar as redes sociais enquanto dirige.
Preferir a comunicação com amigos e familiares através de redes sociais em vez de frente a frente.
Sentir a necessidade de compartilhar qualquer coisa da vida diária.
Achar que a vida dos outros é melhor do que a sua, em função do que vê nas redes.
Fazer check-in para cada local ao qual vai.

COMO PREVENIR A DEPENDÊNCIA DAS REDES SOCIAIS
  
Estabelecer um tempo mínimo de 15 minutos entre conexões.

Prescindir do celular em momentos-chave do dia (café da manhã, almoço ou jantar).

Desativar as notificações automáticas.

Activar o modo silencioso do celular e não utilizá-lo, nem como relógio, nem como despertador, para evitar a tentação.

Estabelecer um tempo mínimo por dia para desenvolver atividades totalmente desconectadas como praticar desporto, ler ou ouvir música.

Reduzir o número de amigos nas redes sociais.

Eliminar aplicativos e abandonar grupos de WhatsApp prescindíveis.



Autor: Leda Dombaxi

Fonte: TPA Multimédia