Política
14 Maio de 2021 | 13h25

Angola apela à igualdade na distribuição de vacinas

O Presidente da República, João Lourenço, apelou, nesta quinta-feira, à sensibilidade dos países produtores das vacinas contra a Covid-19 para a sua distribuição a todos os Estados.

O Chefe de Estado angolano falava à imprensa momentos depois de, acompanhado pela primeira-dama, Ana Dias Lourenço, ter recebido a primeira dose da vacina, num dos quatro postos de vacinação abertos em Luanda.

Na ocasião, João Lourenço reiterou a necessidade da união de esforços entre os Estados no combate à pandemia.

O Presidente João Lourenço considerou, fundamental, que os países produtores entendam que ninguém se vai salvar sozinho: "Ou nos salvamos todos, ricos e pobres, poderosos e não poderosos, ou ninguém se vai salvar”.
Para o Estadista angolano, na distribuição das vacinas deve-se atender a todos e, desta forma, fazer face à pandemia que atingiu todo o planeta.   

Depois de reconhecer a pouca capacidade de resposta  dos produtores, defendeu a necessidade de maior engajamento e esforço no aumento da oferta de vacinas.

O Presidente João Lourenço justifica que nem todos os países, sobretudo africanos, têm recursos financeiros para adquirirem vacinas aos preços que estão.

Apesar desse quadro, o Titular do Poder Executivo manifestou-se optimista quanto à solução dessa questão a curto prazo.

Relativamente a Angola, revelou que o país recebeu 600 mil doses da AstraZeneca (no quadro da iniciativa Covax) e 200 mil doses de oferta do Governo chinês.
Acrescentando que Angola tem recebido outras ofertas em pequenas quantidades, incluindo de grupos empresariais, na medida das suas possibilidades.

O Chefe de Estado disse ter consciência que o Executivo angolano não pode contar apenas com as ofertas. "Temos que comprar vacinas e esse esforço está a ser feito, apesar das dificuldades”.

Informou que Angola também adquiriu seis milhões de doses da Sputnik V, ainda assim, insuficientes para as necessidades actuais, daí ter avançado que o país vai "continuar a lutar no sentido de adquirir mais vacinas, não importando a marca”.

O plano de vacinação em curso prevê imunizar cerca de 54 por cento da população angolana, o equivalente a 16.823.284 indivíduos maiores de 16 anos, e reduzir a mortalidade e o número de casos de Covid-19, bem como permitir a retoma do normal funcionamento das actividades económicas e sociais.