Durante a abertura oficial do acto, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, referiu que nesta primeira fase os contemplados têm a oportunidade de aumentar o grau académico e melhorar a competência profissional.
"Destes se espera concentração nos estudos e que terminem com excelência a missão que o país vos está a confiar”, referiu.
Manuel Nunes Júnior avançou ainda que a implementação destes cursos de mestrado, a funcionar nas províncias da Huíla, Benguela e Luanda, é um meio que serve para promover a qualidade do ensino em Angola, com vista a contribuir para o aumento das qualificações dos formadores de professores que atenderão à educação pré-escolar, o ensino primário e o ensino da língua portuguesa no ensino secundário.
O programa de formação é ministrado por docentes do Instituto de Educação da Universidade do Minho, de Portugal, com a participação de docentes angolanos que por meio da co-ministração de unidades curriculares. A intenção é a transferência mútua de conhecimentos que permitirá a oportunidade de desenvolvimento de competências profissionais por parte dos docentes angolanos.
Conforme o ministro de Estado para a Coordenação Económica, é importante ter-se em conta que, no que toca educação, o que separa os países ricos dos países pobres não é tanto a diferença em termos de riquezas minerais, mas sim os conhecimentos.
Por esta razão, Manuel Nunes Júnior referiu que, para ser um caso de sucesso num mundo cada vez mais competitivo, é necessário criar condições no sentido de minimizar ou anular o fosso que separa o país de outras nações desenvolvidas em termos de conhecimento.
"Temos de criar as condições institucionais para que os nossos alunos e os nossos estudantes tenham acesso ao que de mais avançado a ciência e a tecnologia universais nos proporcionam”, referiu.
O governante destacou ainda a relevância estratégica da cooperação com Portugal, fruto do memorando de entendimento rubricado no domínio da formação e gestão de pessoal docente, permitindo a parceria com o Instituto de Educação da Universidade do Minho.
Para a ministra da Educação, Luísa Grilo, este pequeno, mas grande passo, representa uma transformação curricular e didáctica na formação do profissional que tem a missão de ensinar.
Já a ministra do Ensino Superior, Ciência Tecnologia e Inovação, Maria Bragança Sambo, apontou a formação como forma de proporcionar ferramentas adicionais para a aprendizagem ao longo da vida, para além de fomentar o desenvolvimento pessoal, criar profissionais mais capacitados, independentemente de conferir um grau académico ou não.
A propósito, o embaixador de Portugal em Angola, Pedro da Costa, afirmou que a cooperação entre os dois países acontece nos mais variados domínios, destacando-se os casos bem sucedidos no ensino.
O programa Nacional de Formação e Gestão do Pessoal Docente (PNFGPD) foi aprovado pelo decreto presidencial nº205/18, de Setembro, para a formação de professores da educação pré-escolar, do ensino primário e de cada disciplina do I e II ciclos do ensino secundário (geral, técnico-profissional e pedagógico).
O programa visa aposta na qualificação do corpo docente, atraindo para a docência os melhores candidatos e retendo os melhores, proporcionando aos alunos uma melhor formação.
Fonte: ANGOP