Internacional
14 Abril de 2021 | 19h25

Polícia que matou Daunte Wright vai ser acusada de homicídio involuntário

A agente da polícia de Brooklyn Center, no estado do Minnesota, que disparou contra Daunte Wright, de 20 anos, e matou-o vai ser acusada de homicídio involuntário em segundo grau, avança o The New York Times.

Peter Orput, um procurador de Washington County, afirmou num email enviado ao Times que a acusação vai ser apresentada ainda esta quarta-feira. 

A acusação surge um dia depois de Kimberly Potter ter apresentado a demissão da polícia de Brooklyn Center. O chefe desta força, Tim Gannon, também se demitiu. 

Kimberly Potter disparou contra Daunte Wright, no passado domingo, após este ter resistido à detenção. O departamento de polícia de Brooklyn Center alega que Potter, uma agente com 26 anos de serviço, confundiu a sua arma com o taser, que queria usar para imobilizar Wright. O jovem acabou por morrer após ter sido baleado pela polícia. 

A morte de Daunte Wright gerou uma onda de protestos em Brooklyn Center. Desde domingo, a cidade tem sido palco de protestos e confrontos entre manifestantes e a polícia. 

Só esta terça-feira à noite, as forças de segurança procederam à detenção de 79 pessoas. 

Brooklyn Center está situada perto de Minneapolis, onde nesta altura decorre o julgamento de Derek Chauvin, o antigo agente da polícia que matou George Floyd. 

A tensão na zona de Minneapolis é cada vez maior, com manifestantes e ativistas a protestarem contra o racismo e a violência policial. Minneapolis já era palco de manifestações desde que começou o julgamento de Chauvin, e agora Brooklyn Center é outro ponto central dos protestos. 


Fonte: NM