Política
05 Abril de 2021 | 07h40

Vice-Presidente da República: "Temos de ser capazes de resistir à tentação de privilegiar o imediatismo"

O Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, exortou, ontem, 4 de Abril, os angolanos a resistirem ao imediatismo e pediu coragem para que os seus objectivos e sonhos sejam realizados.

"Uma das grandes lições a retirar do processo que conduziu o país à Paz, no dia 4 de Abril de 2002 é de que não se consegue nada honroso e digno de valor, sem um mínimo de empenho, esforço e sacrifício”, afirmou Bornito de Sousa, quando discursa, em Cabinda, no acto central do Dia da Paz e Reconciliação Nacional, em representação do Presidente da República.

Acrescentou que "temos de ser capazes de resistir à tentação de privilegiar as coisas fáceis, o imediatismo e à lei do menor esforço”.

O Vice-Presidente da República recomendou, por isso, fé, força e coragem aos angolanos para que possam atingir os seus objectivos e sonhos, dos mais simples aos mais complexos, individuais ou colectivos.

Apelou à defesa da paz e unidade nacional, como forma de honrar a memória dos milhares de jovens que deram as suas vidas na defesa da paz, unidade e soberania do país. "Defender a Paz e a unidade nacional é a maior homenagem que podemos fazer aos milhares de jovens, que deram as suas vidas, sangue e suor por uma Angola una e indivisível, independente e soberana”, afirmou Bornito de Sousa, no acto decorrido no Pavilhão de Jogos Barão Puna.

Bornito de Sousa falou do processo político que culminou com a assinatura, em 2002, do Acordo de Paz, nas antigas instalações da Assembleia Nacional, na presença de representantes de vários sectores da sociedade angolana, países estrangeiros e organizações internacionais. Também mencionou "a magnitude” do Presidente José Eduardo dos Santos, pela celebração do acordo, que pôs fim às mais longas guerras fratricidas de que o mundo tem memória.

Destacou os benefícios da paz e estabilidade para a melhoria da qualidade de vida das famílias, ensino, saúde, serviços públicos, distribuição justa dos rendimentos nacionais, bem como para manter a economia forte, dinâmica, desenvolvida e diversificada. "Temos plenas condições para continuar a crescer em paz, unidade e democracia”, afirmou Bornito de Sousa, considerando "importantes” os projectos públicos e privados em curso na província com vista a elevação dos índices de desenvolvimento humano e criação de empregos para os jovens.

Para o Vice-Presidente da República, alguns desses projectos, nomeadamente o Terminal Marítimo de passageiros, rampa de atracagem de Ferry-boats, Porto de Águas Profundas de Caio e a Refinaria de Cabinda terão grande projecção nos países vizinhos e para a região central de África.

Referiu-se à visita que efectuou, sábado, à centenária Igreja de São Tiago Maior da Missão Católica de Lândana, classificada como Património Cultural Nacional, salientando tratar-se de "um equipamento social que tem um importante papel para a comunidade cristã desta região, que transcende as questões da fé”.

Bornito de Sousa também recebeu explicações detalhadas sobre a evolução de outros projectos ligados aos Hospitais Geral e Provincial, Pólo Universitário, Estação de Tratamento de Água de Sassa-Zau, fontes de energia eléctrica, Aeroporto Internacional de Cabinda, Pólo Industrial do Fútila, Centralidade de Cabinda, rede de estradas, e de vários outros empreendimentos ligados ao sector agro-pecuário e das pescas.

Fonte: TPA com JA