Política
23 Março de 2021 | 12h49

“Batalha é um marco na memória colectiva”

O Bureau Político do Comité Central do MPLA considerou que a Batalha do Cuíto Cuanavale constitui um marco na História e Memória colectiva de África e do mundo.

A posição vem expressa numa declaração distribuída, ontem, à imprensa, em alusão à celebração do Dia da Libertação da África Austral, que se assinala hoje.

O MPLA considera que é necessário adoptarem-se medidas de políticas de educação e formação cívica e patriótica para que as presentes e futuras gerações saibam o quanto custou a liberdade e cultivem o espírito de amor à Pátria e de respeito pelos valores e tradições do povo angolano.

O desfecho vitorioso da Batalha do Cuíto Cuanavale, sublinha a declaração, provocou uma autêntica mudança no curso da História, determinou a libertação de Nelson Mandela, a queda do regime do Apartheid na África do Sul e a independência da Namíbia.

 A consagração como feriado regional, refere o comunicado, para além de representar um justo tributo a Angola pela causa da pacificação e democratização da sub-região, enobrece o sentido humanista e o espírito solidário do Povo Angolano.

"O MPLA reitera a predisposição de aprimorar a sua política externa progressista baseada nos princípios de total independência e respeito pela soberania nacional e igualdade jurídica entre os Estados, de prevenção e resolução pacífica dos conflitos e do estabelecimento de relações de amizade e de cooperação reciprocamente vantajosas com todos os povos do mundo", refere o documento.

O MPLA reafirma que Angola vai prosseguir com a defesa do multilateralismo face aos desafios da actualidade, alargar a sua influência política e diplomática na arena internacional, em particular na Região dos Grandes Lagos e do Golfo da Guiné e priorizar parcerias geoestratégicas com países e instituições multilaterais que zelam pela paz e segurança mundiais e aportem mais-valias necessárias ao desenvolvimento económico, social e político do país.

O Bureau Político do MPLA apela a todos os angolanos a fazerem  da comemoração do Dia da Libertação da África Austral um amplo movimento de mobilização patriótica para se  enfrentar e vencer os desafios do presente e do futuro, sob a liderança do Presidente João Lourenço.
Na declaração, o MPLA saúda fraternalmente todos os povos da região, reiterando a determinação de continuar a desempenhar um papel importante na manutenção da paz e estabilidade, bem como no processo de integração política e económica do continente africano.


Homenagem do MPLA no Uíge
O Comité Provincial do MPLA no Uíge homenageou, ontem, os combatentes das extintas Forças Armadas Populares de Libertação de Angola (FAPLA), pelo contributo na Batalha do Cuito Cuanavale.
O reconhecimento foi manifestado pelo segundo secretário provincial do MPLA no Uíge, Augusto Pedro Conga, na abertura da palestra sobre "A Relevância Histórica da Batalha do Cuito Cuanavale para a Libertação dos Povos da África Austral".

O dirigente, que reconheceu a importância da Batalha que mudou o percurso histórico do país, desde a situação sociopolítica, militar e dos povos africanos, explicou que a palestra visou reflectir o contributo dos "libertadores da África Austral".
Os Estados membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) adoptaram, em Windhoek (Namíbia), em 2018, por unanimidade, o 23 de Março como Dia da Libertação da África Austral.

A data é dedicada à Batalha do Cuito Cuanavale, travada na província angolana do Cuando Cubango, em 1988, entre o Exército angolano, ajudado pelas forças cubanas, e as tropas invasoras do antigo regime do apartheid vigente na África do Sul.

Fonte: JA