Saúde
24 Fevereiro de 2021 | 11h28

Governo assume junta de saúde para os mais vulneráveis

O Executivo vai assumir, na totalidade, as despesas com a Junta de Saúde para para os mais vulneráveis, segundo a ministra da saúde, Sílvia Lutucuta.

A governante, que falava em entrevista à Televisão Pública de Angola sobre a refundação da Junta Nacional de Saúde,  avançou que os pacientes que não se enquadrarem ou enquadram na categoria de vulneráveis terão de comparticipar nos custos com os serviços.

 "Tivemos pessoas mal intencionadas que se aproveitaram da situação. Depois de uma avaliação, viu-se que muitos se aproveitaram e permaneceram mais de 10 anos fora do país, sem necessidade, as expensas da Junta Médica”, ressaltou.

Dados disponíveis apontam que o país tinha 245 pacientes e 130 acompanhantes as expensas da Junta Médica Nacional, em Portugal. Cada paciente, segundo os dados, custa, em média anual, cerca de cinco milhões de Kwanzas.

Nas últimas décadas foram tratados, em Junta Médica em Portugal, 9.360 pacientes e 5.250 acompanhantes, com gastos anuais de cerca de seis milhões de euros.

A ministra adiantou que a junta justifica-se noutros moldes de funcionamento e que os transplantados já podem regressar, atendendo que o país já tem especialistas formados no estrangeiro, na área de nefrologia.

Neste momento, disse, estão em tratamento em Portugal 20 angolanos que deverão regressar assim que terminar o tratamento.

Depois da sua reestruturação, adiantou, para ter acesso à Junta Médica será necessária uma avaliação prévia dos doentes sob responsabilidades dos especialistas angolanos e os das unidades sanitárias destinatárias em Portugal.

Em relação aos serviços de hemodiálise, a ministra afirmou que o Estado chamou a si esta responsabilidade, com a construção de centros em Luanda, Benguela, Bié, Huíla e Moxico, para um serviço público de qualidade.

A província de Cabinda, de acordo com a ministra, será a próxima a ter um centro de hemodiálise.

O Governo anunciou, recentemente, o encerramento dos serviços da Junta Médica em Portugal para  a sua reestruturação.

Fonte: ANGOP