Os investigadores alertam para a necessidade de um rastreio oftalmológico em pessoas infetadas pois, embora o vírus ataque principalmente os pulmões, também afeta outros órgãos. De facto, segundo a Galileu, o SARS-CoV-2 já foi associado a problemas como conjuntivite e retinopatia, uma doença da retina que pode resultar em perda da visão, ainda que as pesquisas sejam limitadas.
Por isso, a SFNR iniciou um estudo com 129 pacientes com Covid-19 grave que foram submetidos a ressonância magnética cerebral entre 4 de março e 1 de maio de 2020. Destes, nove (7%) tiveram resultados anormais de ressonância magnética do globo ocular.
As imagens mostraram um ou mais nódulos na parte posterior do olho, que pode indicar um possível dano ou bloqueio dos vasos sanguíneos, pequenas hemorragias ou uma interrupção das fibras nervosas. Os investigadores também colocam a possibilidade destes danos estarem relacionados com a maior pressão sobre os olhos causada quando os pacientes dos cuidados intensivos são colocados de bruços para receber a ventilação.
Os resultados sugerem que o rastreio oftalmológico deve ser considerado em todos os pacientes com Covid-19 grave.
Serão necessários mais estudos para entender com mais clareza o que pode estar a causar os danos oculares.
Fonte: Lifestyle ao Minuto
