COVID-19
09 Fevereiro de 2021 | 09h31

Vacina da Pfizer funciona contra a variante sul-africana

A informação é divulgada após uma outra pesquisa ter concluído que a vacina da Oxford/AstraZeneca não é eficaz contra a nova mutação do coronavírus SARS-CoV-2, causador da doença da Covid-19.

Num pequeno estudo realizado nos Estados Unidos, os cientistas detetaram evidências de que os vírus mutantes foram eficazmente detidos pela vacina da Pfizer/Biontech, conforme reporta um artigo publicado no jornal britânico The Sun Online.

As novas estirpes de Covid que surgiram no Reino Unido e na África do Sul compartilham a mesma mutação N501Y.

Sendo que uma variante à parte da África do Sul apresenta a mutação E484K, com uma série de casos também detectados no Reino Unido.

Perante este cenário, especialistas e autoridades de saúde manifestaram o seu receio sobre o efeito das vacinas que estão atualmente a ser usadas, todas elas desenvolvidas previamente ao aparecimento das novas mutações do vírus. 

Para testar a teoria, foram recolhidas amostras de 20 pessoas vacinadas entre duas a quatro semanas após receberem a segunda dose da vacina da Pfizer. 

Os investigadores da Universidade do Texas Medical Branch (UTMB), em Galveston, à frente da pesquisa, descobriram que a vacina bloqueia o vírus com a mutação N501Y e E484K. 

Pei-Yong Shi, da UTMB, disse: "a rápida propagação de estirpes do Reino Unido e da África do Sul do SARS-CoV-2 suscitaram preocupação - as mutações recém-emergidas afetam a eficácia da vacina, a potência terapêutica dos anticorpos, a transmissão do vírus e a gravidade da doença". 

"Com uma colaboração contínua com a Pfizer, usamos um painel de amostras de soro de ensaio clínico para testar se essa mutação única afeta a atividade de anticorpos contra o vírus induzido pela vacina", acrescentou. 

"Os nossos resultados mostraram que essa mutação por si só não compromete a atividade neutralizante da vacina contra o vírus, o que é uma boa notícia para a vacina".

Fonte: NM